Saiba mais sobre a história do complexo cultural Solar do Barão

Os três edifícios do complexo cultural Solar do Barão foram construídos em épocas diferentes pela família do ervateiro Ildefonso Pereira Correia e pelo Exército Nacional

solar do barão
Parte da fachada do Solar do Barão, mostrando a Gibiteca (Casa da Baronesa) e parte do solar da família Pereira Correia (Museu da Gravura). Foto: Divulgação

Inaugurado em novembro de 1980, o Solar do Barão é um dos mais antigos espaços culturais de Curitiba. O prédio, um complexo de três edifícios localizado na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533, na região central, é sede dos Museus da Fotografia e Gravura e da Gibiteca, onde são realizados cursos, oficinas, exposições, entre outras atividades.
A história do Solar do Barão como centro cultural começou em 1975, quando o prédio foi adquirido pela Prefeitura de Curitiba. Depois de passar por reformas, coordenadas pelo arquiteto Cyro Correia de Oliveira Lyra, iniciou seu funcionamento sob gestão da Fundação Cultural de Curitiba. O prédio é tombado pelo estado e considerado Unidade de Interesse de Preservação do município.
O local foi originalmente residência do ervateiro Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul. A construção inicial foi apenas do prédio central do conjunto de três edificações, em 1880. O projeto, realizado pelos projetistas e construtores italianos Ângelo Vendramin e Batista Casagrande, segue os padrões dominantes na arquitetura residencial dos ervateiros curitibanos daquela época. Atualmente, está localizado neste prédio o Museu da Gravura, as salas de exposições, os ateliês para criação e cursos de gravura, xilogravura, serigrafia, serigrafia e calcogravura.
Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul. Foto: Divulgação

Em 1894, após o fuzilamento do Barão, durante a Revolução Federalista, em Morretes, foi construída ao lado uma residência para a Baronesa Dona Maria José e seus filhos, respeitando os princípios estilísticos da edificação. Hoje, é  onde está a Gibiteca e suas salas de cursos e exposições.
Entre 1912 e 1975, o complexo foi ocupado pelo Exército Nacional, que construiu o prédio localizado ao lado esquerdo, que hoje é a sede do Museu da Fotografia e suas salas de exposições, além do Centro de Documentação e Pesquisa Guido Viaro (biblioteca especializada em arte) e o Setor de Ação Educativa (criado para promover a educação patrimonial de moradores, turistas, escolares e universitários por meio de visitas mediadas a sete pontos do Centro Histórico e proximidades).

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“O destaque dado a essa área tem tudo a ver com a atividade que o Barão ajudou a impulsionar, para facilitar a industrialização da erva-mate”, observa a coordenadora do Setor de Ação Educativa da Fundação Cultural, Hamilca Cassiana Silva. A fim de embalar o produto, explica, o Barão fundou a Impressora Paranaense, próxima da residência. Lá eram produzidas as embalagens, usando a técnica da litografia (impressão que usa a pedra como matriz para reprodução da imagem). A impressora ficava próxima, na esquina das ruas Presidente Carlos Cavalcanti e Riachuelo.
Por causa da pandemia do novo coronavírus, o Solar do Barão está fechado temporariamente. Se você ainda não conhece o complexo cultural, confira algumas fotos atuais do espaço:

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Mezanino do segundo pavimento do prédio central (Museu da Gravura). Por ele é possível chegar a todos os prédios do complexo. Foto: Divulgação

 
vista do anexo construído pelo Exército, atual Museu da Fotografia
A escada ao fundo, vista do anexo construído pelo Exército, atual Museu da Fotografia, pertence à moradia de Ildefonso e sua família. Foto: Divulgação

 
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Vista das portas de acesso às salas de exposições do Museu da Gravura, no prédio central, construído para residência da família Pereira Correia. Foto: Divulgação

 
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Foto destacando as paredes do Solar. Algumas foram restauradas, conforme se vê no primeiro plano. Foto: Divulgação

 
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Instalação em sala de exposições do Museu da Fotografia, no prédio que foi construído pelo Exército. Do lado oposto, detalhes do piso superior do prédio central, a casa da família Barão. Foto: Divulgação

 
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Sala do anexo que abriga a Gibiteca, no térreo da antiga Casa da Baronesa. Foto: Divulgação

 
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Sala de exposição da Gibiteca, no piso superior do prédio que era a casa da Baronesa. Foto: Divulgação

 
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Vista lateral externa da antiga residência da Baronesa, que hoje é sede da Gibiteca. Foto: Divulgação

 
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Segunda sala térrea do prédio central, que era a casa da família do Barão. Hoje, possui painéis plotados com fotografias sobre as alterações dos edifícios e contam a história da Baronesa. Foto: Divulgação

 
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Sala de exposições do Museu da Gravura, localizado no prédio central, antiga casa da família do Barão. Foto: Divulgação

 
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Ateliê de Calcogravura (gravura em metal), localizado no prédio central, antiga casa da família do Barão. Foto: Divulgação

 
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Ateliê de gravura equipado para uso, no prédio central, antiga casa da família do Barão. Foto: Divulgação

 
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Pátio entre os museus da Gravura (direita) e Fotografia (esquerda). Foto: Divulgação

 
 
 
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