Maringaense Laurentino Gomes é um dos vencedores do 62º Prêmio Jabuti

O escritor venceu a premiação na categoria “Biografia, Documentário e Reportagem” com o primeiro volume de sua trilogia “Escravidão”

O escritor e jornalista maringaense Laurentino Gomes foi um dos vencedores do 62º Prêmio Jabuti, um dos mais importantes na área de literatura brasileira. Seu livro “Escravidão – Do primeiro leilão de cativos de Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares” (Globo Livros) foi o vencedor na categoria “Biografia, Documentário e Reportagem”.
O anúncio foi feito em uma cerimônia virtual, que ocorreu na noite desta quinta (26/11), pelo YouTube da Câmara Brasileira do Livro, realizadora do prêmio. Os ganhadores ainda receberão o troféu em suas casas. No Twitter, Laurentino Gomes fez o seu agradecimento:
“Obrigado, @CBL_oficial. Imensa honra para mim receber mais este Prêmio Jabuti, o sétimo de minha carreira como escritor. Obrigado especialmente aos leitores, pela generosa acolhida da “Escravidão”, primeiro volume”.
Como o próprio escritor mencionou, essa não é a primeira fez que ele ganha um Prêmio Jabuti. Seus livros “1808”, “1822” e “1889” foram vencedores nas categorias Reportagem e Livro de Não Ficção do Ano em 2008, 2011 e 2014, respectivamente.

O premiado livro

Foto: Divulgação

“Escravidão – Do primeiro leilão de cativos de Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares” é um reunião de ensaios e reportagens que cobrem um período de 250 anos, com os assuntos descritos no título. Os próximos volumes, ainda não lançados, abordarão desde o auge do tráfico negreiro até a abolição da escravatura no Brasil, em 13 de maio de 1888.
A obra é resultado de um trabalho de seis anos de pesquisas de Laurentino Gomes, que visitou bibliotecas, locais históricos e centros de estudos de 12 países em seis continentes.

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Segundo depoimento do escritor na época do lançamento do livro, a escravidão é o assunto mais importante da história do Brasil “Fomos a maior sociedade escravagista do Hemisfério Ocidental por mais de trezentos anos. Quarenta por cento de todos os doze milhões de cativos africanos trazidos para as Américas tiveram como destino o Brasil. Portanto, sem estudar a escravidão seria impossível entender o que somos hoje e também o que pretendemos ser no futuro”, afirmou.

Finalistas paranaenses

Outros cinco paranaenses e um escritor que foi criado no Paraná também eram finalistas do Prêmio Jabuti. A curitibana Luci Collin concorreu na categoria “Poesia”, o historiador Fábio Garcia em “Crônica”, o ilustrador londrinense Willian Santiago em “Ilustração”, o diretor de arte Alceu Chiesorin Nunes em “Capa”, a ponta-grossense Marina Basso Lacerda em “Ciências Sociais” e o paranaense de criação Jotabê Medeiros também em “Biografia, Documentário e Reportagem”, mesma categoria que o Laurentino Gomes foi vencedor.
 
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