Videoclipe reúne músico e coral de alunos de escolas públicas do estado

Vídeo foi lançado nesta quinta, 24 de dezembro, nas redes sociais

Por Kristiane Rothstein
O cantor e compositor maringaense, que mora em Curitiba, Murilo Silvestrim, lançou nesta quinta-feira, 24, véspera de Natal, em seu canal no YouTube, o vídeoclipe da canção “Tocando a Vida”, com parceiros diferentes do tradicional: ao invés de outros músicos, quem aparece para entoar a canção são alunos da rede pública estadual de ensino de escolas dos municípios de Doutor Ulysses, Campo do Tenente e Tunas do Paraná. O arranjo foi feito por Sérgio Justen e a edição é de Cristiane Wozniak.

Crédito: Reprodução do clipe.
Foto: Reprodução/YouTube

As gravações ocorreram a distância durante a pandemia e seguiram protocolos sanitários. “Nós enviamos as guias e vídeos com instruções para as escolas, o pessoal do [Programa] Musicar fez encontros virtuais de orientação para os professores, que ensinaram as crianças das escolas e ajudaram na gravação dos vídeos”, explica o músico. O Musicar (Conservatório de Música nas Regionais) é um programa ligado ao governo do Estado e o videoclipe é uma contrapartida social do Programa Estadual de Fomento à Cultura (Profice) da Secretaria Estadual da Cultura em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e Esporte. A contrapartida social está associada à Oficina de Música, que inicia em janeiro de está com inscrições abertas AQUI

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A gravação durante a pandemia do novo conronavírus traz novos contornos à interpretação da música, que foi composta em 2016, no primeiro álbum de Murilo, “Prisma”. “Eu compus essa música pensando nessa coisa de como a vida anda e vai nos levando para lugares e experiências inusitadas. Gosto de como as alterações de tempo e compasso da música me parecem naturais, como uma estrada que vai mudando a paisagem”, diz.
Tocando a luta
Para ele, a participação dos estudantes foi comovente. “Confesso que ver as crianças cantando a música foi emocionante, ainda mais nesse momento de pandemia, em que é tão difícil a celebração de qualquer coisa: um país abandonado ao acaso, dominado pelo ceticismo, pela misoginia e falta de empatia com o outro. Apesar disso, ver as crianças ali curtindo uma composição, que por sorte dessa vez era minha, me lembrou de momentos bonitos e me deu um sopro de esperança de dias melhores. Seguimos na luta”, reflete.

Assista ao vídeo:

 
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