Assuntos mais cobrados costumam aparecer contextualizados e de maneira interdisciplinar
A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode se tornar uma missão complicada na hora do estudante decidir quais conteúdos priorizar. Embora o edital do exame disponibilize a Matriz de Referência, na qual constam as habilidades do Ensino Médio que podem ser abordadas nas provas, a lista de 24 páginas contemplando as quatro áreas do conhecimento pode deixar qualquer um perdido, sem saber por onde começar.
“O Enem pode cobrar do estudante tudo o que ele viu durante os três anos de Ensino Médio. No período de preparação e reta final, não há como revisar todo o conteúdo, portanto, é necessário focar naquilo que tem mais chances de cair na prova”, orienta o assessor de Química do Sistema Positivo de Ensino, Flávio Barbosa.
Para ajudar nessa reta final, a equipe de inteligência do Sistema Positivo de Ensino, em parceria com a equipe de professores do Blog Biologia Total, mapeou os assuntos de Química que mais caíram nas provas do Enem nos últimos dez anos.
Os sete temas mais abordados foram: Interações Intermoleculares – estudo das diferentes formas como as moléculas interagem entre si (11,7%), Estequiometria – estudo da quantidade das substâncias químicas envolvidas numa reação (10,9%), Reações Orgânicas – analisa o modo como as moléculas orgânicas reagem para a formação de produtos (10,1%), Eletroquímica – estudo da relação entre química e eletricidade (7,8%), Termoquímica – estudo das trocas energéticas envolvidas em uma reação química (7%), Meio Ambiente (7%) e Soluções e Concentração – estudo das relações entre soluto e solvente (6,9%).
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De acordo com Barbosa, as questões costumam aparecer contextualizadas e de maneira interdisciplinar. “As interações intermoleculares costumam aparecer vinculadas à conteúdos de Biologia. A relação entre determinado fármaco e sua ação sobre microrganismos pode envolver a compreensão dessas interações, como por exemplo, as ligações de hidrogênio.”, conta.
Já os processos de separação, segundo o assessor, podem vir vinculados a tópicos relacionados à Química orgânica, como os hidrocarbonetos, onde novamente as forças intermoleculares têm um papel fundamental nas temperaturas de processos de destilação.
“Energias renováveis também são um tema forte, com destaque para a Eletroquímica. O mecanismo de ação de determinadas pilhas e baterias pode envolver questões ambientais, como aquelas que dizem respeito às energias renováveis e suas potencialidades”, ressalta.
Barbosa destaca ainda que a alimentação também é um tema frequente na Química, vinculada a aspectos termoquímicos e biológicos, como a composição energética dos alimentos. “Luz e matéria, um dos eixos estruturantes da BNCC, costuma aparecer na relação da Química com a Física, onde a luz pode aparecer como um item necessário para a ocorrência de uma reação química”, finaliza.
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