Edição irá valorizar o papel de professores e professoras e o seu trabalho colaborativo com suas turmas
O Itaú Social abriu as inscrições para a sétima edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. Professores e professoras das redes públicas estaduais, municipais e federais podem se inscrever até o dia 30 de abril. O concurso traz um novo formato em 2021, com foco na valorização da prática e do trabalho desenvolvido pelos docentes e no reconhecimento de produções realizadas por todos os alunos de forma coletiva.
Para que os professores e seus alunos participem da Olimpíada, é necessário que a secretaria de educação à qual sua escola é vinculada – municipal ou estadual – faça a adesão por meio do www.escrevendoofuturo.org.br.
Realizada em parceria com o MEC (Ministério da Educação) e sob a coordenação técnica do CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), a Olimpíada busca contribuir para a melhoria do ensino e aprendizagem da leitura e escrita nas escolas públicas, por meio de ações de mobilização para a formação continuada.
A partir da metodologia do programa Escrevendo o Futuro, são realizadas oficinas de produção de texto com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio. O tema do concurso é “O lugar onde vivo”, um estímulo à reflexão sobre as realidades locais.
Diferentemente das outras edições, a proposta deste ano consiste em acompanhar e reconhecer os relatos de prática, com os registros dos processos de ensino-aprendizagem vivenciados pelos professores e estudantes durante o trabalho de produção de um dos gêneros propostos: poema (5º ano), memórias literárias (6º e 7º), crônica (8º e 9º), documentário (1ª e 2ª séries do Ensino Médio) e artigo de opinião (3ª série do Ensino Médio).
“Apesar de um cenário com tantas incertezas na educação, optamos pela continuidade da Olimpíada, convocando professores de todo o país para que juntos possamos redescobrir os caminhos possíveis para fortalecer o ensino e a escrita como percursos essenciais para o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, tendo em vista que a língua é utilizada em todas as etapas da vida. Acreditamos que a educação deve continuar”, destaca a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann.
Os relatos de prática devem conter as estratégias, soluções, alternativas e inovações encontradas pelos professores para executarem as atividades em meio à pandemia com suas turmas garantindo assim a continuidade do processo de aprendizagem com os alunos. Para acompanhar o relato, é incentivada a multiplicidade de formatos de mídia que exemplificam essa relação professor-aluno, como: fotografias, vídeos, áudios e produções textuais desenvolvidas pelos estudantes e os resultados obtidos.
“Para além de um concurso, a Olimpíada de Língua Portuguesa é uma metodologia para mobilizar gestores, professores, estudantes e famílias e promover ações formativas e troca de experiências. As mudanças nesta edição reforçam esse compromisso com uma perspectiva coletiva, inclusiva e diversa – tal como nossa língua – no ensino e aprendizagem de leitura, escrita e oralidade”, avalia a presidente e diretora-executiva do CENPEC, Anna Helena Altenfelder.
O novo formato foi construído a partir da escuta com os professores participantes de edições anteriores e do monitoramento do programa. Identificou-se que quanto mais professores e alunos se envolvem com as atividades propostas pela Olimpíada, melhores são os resultados para a escola como um todo. Nesse sentido, a produção coletiva é uma forma potente para ampliar o engajamento da comunidade escolar.
A Olimpíada de Língua Portuguesa também quer proporcionar maior atenção à equidade entre as escolas. Para isso, a partir das etapas semifinais desta edição, 50% das vagas serão reservadas para as unidades consideradas mais vulneráveis, conforme os indicadores de desempenho educacional e de nível socioeconômico das escolas. De acordo com análises de edições anteriores, as contribuições da Olimpíada foram ainda maiores para escolas sob contextos mais desafiadores (menor nível socioeconômico, notas inferiores no Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, das zonas rurais e dos municípios mais vulneráveis), contribuindo na redução de desigualdades educacionais.
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Desde a última edição, o programa homenageia autores da literatura brasileira. Neste ano, a homenageada é a escritora e poetisa Geni Guimarães, cuja obra viabiliza o debate em torno da literatura negra. Entre suas principais obras estão “Leite do peito”, “Balé das emoções” e “A cor da ternura”.
Seleção e premiação
Durante todo o ano, os docentes terão apoio de recursos pedagógicos para o desenvolvimento das atividades, como cursos on-line, percursos de formação, planos de aula, pautas instrutivas, vídeos pedagógicos, entre outros.
O processo de seleção terá cinco etapas ao total: escolar, municipal, estadual, semifinal e final. No segundo semestre, os professores deverão postar no ambiente virtual um relato de prática reflexivo, acompanhado de produções textuais e/ou audiovisuais da turma e um registro do trabalho realizado (fotografia, vídeo, áudio). Reunidos, esses materiais vão contar a história do percurso da turma.
Na fase estadual, serão selecionados 42 relatos de prática de cada gênero que avançarão para a semifinal. Aos selecionados nesta etapa será disponibilizado um ambiente virtual de aprendizagem específico para cada um dos gêneros, a fim de proporcionar encontros formativos e culturais. Nesta fase, serão selecionados os 80 professores finalistas, entre os quais serão escolhidos os 20 ganhadores. As comissões julgadoras podem ser compostas por pais, membros da comunidade, especialistas de universidades, representantes das instituições parceiras e do Itaú Social.
Entre as premiações estão notebooks e assinatura de periódicos para os docentes, além de certificado e leitor de livro digital para as respectivas turmas. As escolas dos vencedores receberão como prêmio acervo para biblioteca.
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