Gambito da Rainha: Professor lista sete motivos para jogar xadrez on-line

Em época de pandemia, o jogo de xadrez on-line é uma opção para exercitar a mente e se distrair

A nova série da Netflix, “Gambito da Rainha”, nome de uma tradicional movimento do xadrez, aumentou o interesse das pessoas pelo jogo. A história narra a história de uma menina que aprender a jogar com o zelador do orfanato e acaba se tornando uma campeã nacional.
Se você é uma das pessoas que se interessou ou ficou com vontade de voltar aos tabuleiros, em época de pandemia, os jogos on-line são uma opção. De acordo com o professor de xadrez do Colégio Marista Santa Maria, Alberto Paulo Fedeszen Lapuch, tanto a versão de tabuleiro como a versão virtual são bons exercícios para a mente.

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“Seja qual for o meio, o xadrez vai sempre trazer benefícios para o jogador. O jogo tradicional estimula a socialização e as amizades, mas no atual cenário, o mundo virtual permite jogar com pessoas do mundo inteiro. E especialmente durante a pandemia, é importante exercitar a mente e usar o tempo em casa para evoluir o pensamento estratégico e o xadrez é uma ótima alternativa para isso”, afirma.
Para quem nunca jogou xadrez on-line, a dica é sempre ficar atento à segurança. “Não usar o nome próprio em plataformas e tomar os mesmos cuidados que em outros ambientes virtuais e ter a supervisão dos pais é importante sempre”, explica Lapuch.
Confira algumas dicas e motivos para começar a praticar o xadrez na rede:
Aproveite o mundo virtual
Existem diversas plataformas e aplicativos que ensinam a jogar xadrez. Eles oferecem facilidades como apresentar partidas e oponentes no seu nível de desenvolvimento, por exemplo. Além da facilidade de jogar em smartphones e tablets, que torna o esporte mais acessível.
Faça amigos
A prática do xadrez estimula a socialização e a formação de amizades. Seja um professor, um colega ou pessoas que apenas se encontram durante os jogos e torneios, o jogo tende a reunir pessoas que tem o esporte como hobby.
Linguagem universal
Na internet é possível jogar com pessoas do mundo inteiro, mesmo sem saber falar outros idiomas. “A linguagem do xadrez é universal. Desde brasileiros, até russos, japoneses ou australianos, todos os jogadores podem interagir e se conectar por meio dos tabuleiros virtuais”, explica o professor.
Respeito mútuo
Acima de tudo, o xadrez é um jogo social. É preciso ter respeito com o outro jogador, empatia e resiliência para lidar com as diferentes situações e resultados. Por mais que se esteja perdendo, não se deve abandonar um jogo, em respeito à outra pessoa. “Essa é uma lição valiosa que o xadrez nos traz, tanto no mundo virtual como no real. Saber perder e ganhar no tabuleiro nos prepara para muitas situações cotidianas”, comenta o professor.
Desenvolvimento
Aprender com a evolução do jogo é o que mantém o interesse de jogadores experientes em todo o mundo. Para Alberto Lapuch, assim como na vida, o xadrez nos mostra que se perdemos uma partida, é preciso estudar mais, praticar e tentar novamente. “E o mesmo acontece com as vitórias, pois nos mostra que é possível encarar desafios maiores.”
Concentração
Durante o jogo é preciso formular uma estratégia e reavaliá-la a cada jogada. Isso exige concentração e foco do jogador de uma maneira constante e ativa. Com a prática, essas características vão sendo incorporadas também nos estudos e na leitura, por exemplo.
Foco na inteligência
Aprender e praticar xadrez desenvolve e amplia conhecimentos, bem como a inteligência, e o pensamento. O jogo forma pensadores críticos e analíticos, do ponto de vista social e esportivo, além de ajudar na formação do caráter.