Festival de literatura e artes integradas para todas as idade acontece entre 17 e 21 de março, em formato digital e acessível, para todas as idades

Com 21 apresentações gratuitas, FLOW Literário celebra presença da literatura na música, poesia, teatro, cinema, dança e performance

Entre os dias 17 e 21 de março, o FLOW Literário – Festival de Literatura e Artes inicia uma programação que soma mais de 20 atrações gratuitas que celebram a literatura em suas mais variadas manifestações. “Música e poesia”, “cidade e teatro”, “slam e performance”, “música e performance” e “cinema, teatro e rap” são os capítulos que narram o evento em cada um dos cinco dias – que contarão com tradução em libras e audiodescrição, valorizando uma linguagem inclusiva, democrática e plural. A programação poderá ser acessada AQUI.
Nos conteúdos oferecidos, oficinas, espetáculos literomusicais, contação de histórias, peças teatrais, performance, arte urbana, videodanças e curtas metragens. Tudo dividido por faixas etárias: as atrações das 11h são destinadas à programação infanto-juvenil; das 18h às 21h30, a programação é voltada ao público jovem e adulto. O formato mescla vídeos pré-gravados, com exibições de espetáculos inéditos e não-inéditos, e oficinas ao vivo.

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Cortinas abertas com acessibilidade
Dando o tom do Flow, o mestre de cerimônias Ailton Guedes, ator, contador de histórias e arte-educador, será o fio condutor das atrações, apresentando espetáculos, artistas e autores e comentando processos. Entre os destaques da programação está um monólogo de Ailton, A Pena de Wilde, inspirado na vida e obra de Oscar Wilde. O festival contará ainda com as peças Trem das 11, adaptação de Lucas Sancho para a obra de Tércia Montenegro, e Só Se Fechar os Olhos, teatro narrado pelo coletivo Desvio Padrão, chamando atenção para a questão da acessibilidade: a apresentação é um convite para o espectador fechar os olhos literalmente e apreciar a dança a partir da narração, dos sons e da música, criando suas próprias imagens. Com texto de Edgar Jacques, ator e dramaturgo cego, a montagem oferece uma inversão da lógica da audiodescrição.
Música pra ler
Inspirado no poeta Manoel de Barros, Moreno Overá mostra o inédito show A Diversidade dos Sertões em Poucas Canções. O espetáculo 37 Graus reúne as poetas Anna Zêpa e Eveline Sin e os músicos Fernanda Broggi, Meno Del Picchia e Zé Nigro em um espetáculo literomusical poético e sonoro. Em Acordes Sonâmbulos, Joel Costa Mar estreia canções compostas a partir do mergulho nas obras de Mia Couto e Guimarães Rosa. Com Metamor, outra estréia do festival, Leo Bianchini, do coletivo 5 a Seco, propõe transformar em canções poemas de autores como Paulo Leminski. Gaspar Z África se apresenta com o DJ Tano, num convite a resgatar a cultura brasileira por meio do rap e da história do rei Zumbi dos Palmares. E encerrando o evento, Freestyle Cotidiano, performance de Luz Ribeiro e Carol Dall Farra, contempladas pela chamada pública para rappers feita pelo festival, narram a vida da mulher preta periférica por um conceito de súbitos poéticos, onde, em um canovaccio (improviso), performam com trilha musical.
Deslocamentos poéticos
Em Deriva Poética- microrroteiros urbanos, proposta pensada exclusivamente para o Flow Literário, a poeta e artista de arte urbana Laura Guimarães mostrará alguns de seus trabalhos em prédios, muros e outros espaços da cidade. Sangria é um show-lírico que mistura poesia, performance e música. Acompanhada por uma percussionista e uma baixista, a poeta Luiza Romão revisita a história brasileira desde uma perspectiva feminista, discutindo questões como colonialismo, cultura do estupro e resistência das mulheres. A performance Tituba e eu, de Fernanda Machado, inspirada no romance de Marise Condé “Eu, Tituba, bruxa negra de Salém”, é um convite a discutir o processo de escravidão e os pilares do capitalismo que aprisionam o corpo da mulher e queimam os que fogem às regras de ordem.
Audiovisual – cinema, dança, performance
O curta-metragem inédito Dom Casmurro, da Quarentena Filmes, utiliza a linguagem toy movie na livre adaptação da obra de Machado de Assis que estreia no festival. Os espetáculos de videodança Homo Sacer (Homo Sacro), de Camila Soares, elaborado a partir do conceito de sacralização do corpo apresentado por Giorgio Agamben e Instruções para Chorar, de Cynthia Domenico, baseado em um conto de Julio Cortázar, e a performance Carta de Clarice para Janaina, de Rita Cavassana, poema videográfico inspirado em Água Viva, de Clarice Lispector, também integram a programação.
Uni.verso Infanto-juvenil
Caldeirões Poéticos será um encontro com a proposta de criar pequenos poemas coletivos a partir de leituras afetivas realizadas pela artista e educadora Rubia Konstantyni – a atividade não é exclusiva para crianças: todo mundo pode participar. A programação infantil conta ainda com a narração de histórias seguida de atividade lúdica TV Zazu Amor de Bruxa, da escritora Nadine Trzmielina, o teatro de objetos Dom Quixote, o cavaleiro sonhador, adaptação de Kelly Orasi da obra clássica de Miguel de Cervantes e o espetáculo musical infantil Em busca do Snark Invisível, Inspirado no poema A Caça ao Snark, do escritor inglês Lewis Carroll.
SERVIÇO
FLOW Literário – Festival de Literatura e Artes
17 a 21 de março de 2021
Gratuito
Classificação livre
11h – programação para todas as idades (idade sugerida: a partir de 3 anos)
18h às 21h30 – programação para jovens e adultos
Acesse a programação completa e os canais de veiculação do evento AQUI.
 
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