Com temporada no Teatro José Maria Santos até 16 de junho, a peça Rotação usa escadas para – entre teatro, dança e performance – criar um espaço onde o público faz parte da cena.
Em uma fusão única de dança, teatro e performance, Giovanni Venturini e Lívea Castro apresentam a peça ROTAÇÃO em Curitiba. O espetáculo fica até dia 16 de junho no Teatro José Maria Santos, e promete uma experiência inovadora ao explorar conceitos de profundidade, altura, e tridimensionalidade.
“ROTAÇÃO” é uma criação conjunta de Giovanni Venturini e Lívea Castro, idealizadoras do projeto, que exploram as relações entre corpos e objetos, utilizando escadas como elementos centrais. A peça se desenvolve a partir do desejo de oferecer novas maneiras de ver e estar no mundo. Cada sessão propõe encontros únicos que multiplicam os modos de olhar, interagir e existir na cena.
A peça Rotação é dirigida por Fernando de Proença, convidado especialmente pela dupla devido à sua expertise em transitar entre as linguagens da dança e do teatro. Segundo Lívea Castro, “Fernando foi essencial para potencializar as discussões que gostaríamos de formular. Foi um processo bem colaborativo onde nós três investigamos juntos os caminhos da criação.” A dramaturgia de “ROTAÇÃO” busca expandir a aliança entre os corpos, criando uma conexão íntima e fluida com a plateia.
Um dos elementos mais marcantes de “ROTAÇÃO” é a interação direta com o público. Giovanni Venturini destaca a importância deste diálogo: “Apesar de termos uma estrutura fechada, existe a possibilidade de inúmeras aberturas a partir do outro, criando assim uma dramaturgia única a cada dia”. A peça convida os espectadores a enxergar por diferentes prismas, transformando constantemente a perspectiva de quem assiste.
O Papel das Escadas
As escadas não são apenas elementos cenográficos, mas personagens que ampliam o significado de presença e encontro. De acordo com o diretor Fernando de Proença, “Rotação investe na abertura de um diálogo entre Giovanni, Lívea e participantes, que na experiência de viver a gestualidade de subir e descer, ativam em seus corpos variações de presença, perspectiva e encontro.” As escadas permitem variações escalonadas sobre ser, estar e olhar, explorando a potência das diferenças dos corpos.
“ROTAÇÃO” também se destaca por sua preocupação com a acessibilidade. Com intérpretes de Libras presentes nas sessões de sábado e aspectos descritivos na dramaturgia, a peça é acessível para pessoas cegas. A inclusão é uma prioridade, permitindo que mais pessoas possam desfrutar da experiência artística proposta.
Serviço
Até dia 16 de junho
De quinta a sábado às 20h e domingos às 19h.
Local: Teatro Zé Maria
Treze de Maio, 655 – São Francisco, Curitiba – PR, 80510-030
Entrada: Franca – retirar ingressos 1h antes da sessão.
A produção é da Pomeiro Gestão Cultural, com apoio do Programa de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.