Solar do Rosário participa da Bienal de Curitiba com exposição inédita 

Exposição inédita“As Fronteiras entre pintura e fotografia” foi especialmente criada para a 14ª Bienal de Arte Contemporânea de Curitiba

A artista plástico Fernando Velloso e a fotógrafa Mariana Canet apresentam a exposição inédita“As Fronteiras entre pintura e fotografia”. Foto: Divulgação

Até o dia 17 de novembro, o Solar do Rosário apresenta a exposição inédita“As Fronteiras entre pintura e fotografia”, que foi especialmente criada para a 14ª Bienal de Arte Contemporânea de Curitiba pelo artista plástico Fernando Velloso e a  fotógrafa Mariana Canet. A visitação é gratuita.

Na exposição, ambos aliam conceitos da abstração em seus trabalhos, com Velloso destacando a cor e construção do espaço na tela e Mariana com o conceito da macrofotografia. “O encontro entre Fernando e Mariana foi casual, mas abriu perspectivas no trabalho de ambos e é isto que estamos vendo agora”, comenta Fernando Bini, curador da mostra.

Segundo a galerista Regina Casillo, fundadora do Solar do Rosário e organizadora da mostra, “são artistas que aparentemente pertencem a dois mundos diferentes mas que estão unidos, sem dúvida, por uma forte conexão da arte como reflexão e sentido de vida.”

Encontro de gerações
Formado pela primeira turma da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, o curitibano Fernando Velloso teve como mestre Guido Viaro. Passou a virada da década de 1960 em Paris, onde estudou com André Lhote. Entre os espaços que abrigam suas obras, está o Musée d’Art Moderne de La Ville de Paris, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul e o Museu de Arte Moderna de Florianópolis, entre outros. Contabiliza mais de 300 mostras, passando pelo Brasil, Alemanha, Suíça, China, México, França, Estados Unidos e Paraguai.

A busca pela abstração como um novo entendimento da organização do espaço é uma constante do trabalho de Velloso. “Ele tem a consciência clara que o espaço da tela não é um espaço de ilusão, é um espaço de inscrição, de linguagem, de transformação da natureza vivida e sentida na pintura”, aponta Bini.

Mariana Canet, nascida em 1983 (53 anos depois de Velloso), iniciou a carreira em marketing, logo abandonada pela paixão por fotografia. Fez trabalhos documentais em Camboja, Sri Lanka e Vietnã, antes de buscar a figura abstrata em seus registros.  Segundo Bini, a “Abstração”, para Mariana, é a visão do real através do corte feito pelo enquadramento da objetiva dos mais diversos materiais. Ela tem um olhar mais pictórico do que fotográfico, que estimula a imersão do espectador nas formas e cores.”

O trabalho da fotógrafa com fine art foi iniciado em 2012, na cidade de Londres, na Inglaterra, onde expôs sua primeira coleção. Ela também já realizou mostras nas embaixadas brasileiras de Londres e de Madri, além de espaços curitibanos como o Museu Oscar Niemeyer e no Museu Guido Viaro, e participou da Bienal Internacional de Curitiba em 2015 e 2017.

O Solar do Rosário fica aberto de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 19h, aos sábado das 10h às 13h, e aos domingos, das 11h às 14h. O endereço é Rua Duque de Caxias, 4 – Centro Histórico. Mais informações no site www.solardorosario.com.br.

Sobre a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba

Foto: Reprodução/Site Bienal de Curitiba

Ao longo de uma história de 25 Anos, a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba se firmou no Brasil como um dos principais eventos de arte do circuito mundial. Em 2017, teve a China como país homenageado e reuniu 62 artistas contemporâneos chineses, de um total de 435 artistas de 43 países dos cinco continentes e recebeu cerca de 1 milhão de visitantes. Além disso, a Bienal atua com uma extensa programação paralela e a promoção de circuitos, trabalhando em outras frentes além da arte contemporânea ao longo do período da Bienal.

A Bienal de Curitiba recebeu, por duas vezes, o Prêmio ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte), em 2011 e 2017. Nomes icônicos, de grande visibilidade internacional já tiveram passagens pela Bienal de Curitiba, como Marina Abramovic, Bruce Nauman, Dan Flavin, Louise Bourgeois, Julio Le Parc, Ai Weiwei, Richard Serra, Shirin Neshat, Tony Craigg, Bill Viola, Tracey Moffat, Marta Minujín, William Kentridge, entre outros.

Fora de Curitiba, a Bienal amplia ainda mais suas sedes com exposições em outras cidades do Paraná e do Brasil, como Florianópolis (Santa Catarina) e Brasília (Distrito Federal).  Além da programação no Brasil, a Bienal prevê a organização de mostras de arte contemporânea em outros países, a partir de cooperações com instituições internacionais. Na América do Sul, Argentina, Paraguai e Uruguai; na Europa, França, Suíça e Rússia.

Mais informações na página do Facebook, no perfil do Instagram ou no Twitter da Bienal de Curitiba.

A Bienal de Curitiba é realizada pela Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Museu Oscar Niemeyer, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Governo do Paraná e Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania do Governo Federal e tem parceria do Ministério das Relações Exteriores do Governo Federal. O Projeto Educativo da Bienal é realizado em cooperação com Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR). O patrocínio é da Furnas, Copel, Havan e Bergerson.