Kristiane Rothstein
O Psycho Carnival, evento que começou como uma alternativa ao carnaval curitibano há vinte anos, se associou às atrações desse período e já é uma tradição na cidade, foi adiado. A informação foi divulgada nesta segunda (18/01) pelas redes sociais. “Chegou o momento de dar um posicionamento oficial e definitivo sobre a edição do Psycho Carnival 2021”, disse Vladimir Urban, um dos organizadores do festival.
Devido ao “período atípico”, fazendo uma clara alusão à pandemia do novo coronavírus, Vlad (como é mais conhecido) salientou que os organizadores decidiram por não realizar o festival que acontece durante o feriado de Carnaval. Justificou também o motivo da organização optar pela não realização de um evento virtual.
“Vivemos um momento sinistro, no mínimo bizarro, e não conseguimos visualizar motivos suficientes para ir adiante com uma edição on-line ou fazer qualquer outro tipo de ação referente ao ‘junta-tropa’ que fazemos todos os anos. O Psycho Carnival é o momento em que nos unimos, nos juntamos para celebrar, rever os amigos, ouvir e ver shows incríveis, tomar duas ou três cervejas (às vezes quatro), dar risada, e (no nosso caso), recarregar as energias para seguir adiante. Esta é a história do festival, este é o motivo pelo qual trabalhamos meses a fio organizando line up, logística, divulgação, e pensando em cada um dos detalhes para que a festa seja sempre memorável, fortalecendo o elo de amizade que existe entre nós. Infelizmente neste momento não vemos sentido em realizar o festival contradizendo sua razão de existir. Fazer uma edição on-line não traduziria na essência a ‘alma’ desta festa que aguardamos anualmente para fazer. Além disso, o caos social e a crise sanitária que vivemos em nosso (abandonado) país não nos permite comemorações. Sendo assim, reafirmamos oficialmente que a edição do festival Psycho Carnival 2021 que seria realizada em fevereiro de 2021 está oficialmente cancelada”, disse.
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Urban explica ainda que não acreditam que seja possível fazer uma edição em julho, como é o caso de alguns desfiles de escolas de samba que estão marcados: “(…) não acreditamos que a situação vá melhorar a curto prazo em razão do desgoverno que temos, sendo assim, seremos cautelosos e optamos por esperar o momento ideal, em que todos estejamos em segurança para seguir adiante com a próxima edição do Festival”.
Esta seria a 22ª edição do festival que faz Curitiba ter um mês de fevereiro totalmente diferente de outras regiões do país: enquanto o Psycho Carnival desfila com suas bandas de Punk Rock, Psychobilly e Rockabilly, a cidade ainda tem os mortos-vivos do Zombie Walk e os foliões de blocos carnavalescos e escolas de samba da capital.
No ano passado, o evento ocorreu de 20 a 24 de fevereiro e reuniu 37 bandas de oito países. Teve shows gratuitos, entre eles, no Largo da Ordem e nas Ruínas de São Francisco, e até atrações na Gibiteca, como noticiamos aqui, no Curitiba de Graça. O local contou com as exposições: “Underground Ilustrado 2”, “Arte Visual da Cena Musical Curitibana” e “Asterium” e chegou a atrair cerca de 7 mil participantes, tanto do país quanto do exterior.
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