Por trás das cortinas da Ave Lola: a primeira década de uma trupe de teatro

Trupe Ave Lola completa dez anos e lança websérie documental em maio

Quais são as histórias que uma trupe de teatro tem para contar no decorrer de dez anos? No caso da Ave Lola, são muitas histórias engraçadas, de superação, resiliência, determinação e perseverança que construíram o coletivo artístico curitibano.
Tudo começou numa casinha da rua Portugal, um lugar modesto, de onde Ana Rosa Genari Tezza, fundadora e diretora da trupe, já conseguia enxergar o que estava por vir: um teatro com sua trupe, espetáculos autorais, jardim, comida criativa e encontros festivos.
Partindo do zero, a Trupe Ave Lola, em dez anos de existência tornou-se uma das principais companhias de teatro do país, fazendo parcerias importantes com artistas do Théâtre du Soleil (França) e Compañía Viajeinmóvil (Chile).
Indo para o seu quinto espetáculo, prestes a publicar o terceiro livro, com inúmeras oficinas oferecidas e tantos outros projetos encabeçados por lideranças femininas, o grupo terá sua história contada na websérie documental, “Trupe Ave Lola de Teatro – 10 anos em 5 atos”, um projeto idealizado por Larissa de Lima, coordenadora do núcleo audiovisual da companhia.
Larissa de Lima, ou Lari, como é conhecida na Ave Lola, passou a integrar o grupo após fazer uma entrevista com Ana Rosa, no jardim da antiga sede, para sua primeira websérie “Mulheres de Teatro”. A jovem mãe, recém-formada em jornalismo, já fazia suas investigações sobre o seu maior entusiasmo, o teatro.
“O teatro é uma arte que necessita ser registrado para a posteridade, pois as suas histórias só podem ser contadas por àquelas/àqueles que vivenciaram essa experiência. Não é como um quadro que fica exposto, uma fotografia que pode ser emoldurada. Para além desta inquietação que vem da capacidade que o cinema documental tem de registrar memórias, entrevistar pessoas ligadas às artes cênicas, principalmente as mulheres de teatro, surgiu de um interesse pessoal de entender como é possível fazer e permanecer no teatro”, explica Larissa de Lima.

Cenas da websérie com as atrizes Ana Rosa Tezza, Regina Bastos, Helena Tezza e o ator Cléber Pereira. Foto: Divulgação

Segundo ela, a natureza efêmera da linguagem teatral a instigou a esse tipo de registro. “Contar a história da Ave Lola através da linguagem audiovisual é um mergulho intenso em um oceano de memórias. Cada episódio revela momentos diferentes da companhia e criam um espaço de reflexão sobre a arte como um lugar de resiliência” considera Larissa, contando ainda que optou que as “aventuras da trupe” fossem narradas por quem presenciou e ajudou a construir esse lugar onde artistas com suas inquietações sonham e trabalham juntas e juntos.

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O primeiro episódio estreará, gratuitamente, no canal de YouTube da Ave Lola, no dia 11 de maio, às 20h. Logo após a exibição haverá um bate-papo online com a equipe envolvida no projeto também no YouTube.
Os próximos quatro episódios serão lançados ao longo de três semanas, às quintas e terças-feiras. nos dias 14, 18, 21 e 25, às 20h30, todos no YouTube. Nos dias 18 e 25 também haverá bate-papo online com a equipe após a exibição, mas a conversa será pelo perfil de Instagram da trupe.
 
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