Conheça uma música eletropop brasileira de qualidade, com influências de David Bowie, Talking Heads, Mutantes e outros grandes artistas
Flávio Jayme, do Pausa Dramática
Pop brasileiro de qualidade é difícil de encontrar. Especialmente se você não quiser um subgênero pop que esteja vinculado ao funk, rap, axé, brega ou pagode. É por isso que quando a gente descobre um artista como Siso, ficamos tão felizes.
Eu descobri o cantor e compositor em 2016, quando cheguei a entrevistá-lo para o Pausa Dramática. Seu eletropop lembra muito artistas nacionais como Silva ou Lulo Scroback (que em 2001 lançou um dos discos que eu considero um dos melhores de pop brasuca no século XXI: Modernidade). Também evoca nomes internacionais como Sam Smith, Troye Sivan, Ed Sheeran ou Years & Years (que apresentei semana passada por aqui).
Siso, que atende pelo nome de David Dines, afirma que adotou o nome do dente por causa do simbolismo como sinal do “questionável” amadurecimento. “A maturidade é algo que dói, rasga a carne e tem um papel evolutivo, assim como o siso. Mas ele também acaba sendo também meio descartável”, disse ele em uma entrevista.
Em 2016, quando o entrevistamos, ele tinha acabado de lançar o EP “Terceiro Molar”, que trazia o single Eclipse.
Envolvido na produção de todo seu material, Siso cria o conceito dos clipes junto com diretores e figurinistas.
No disco, é possível perceber as referências pop retrô do artista. “Sempre fui muito fã de música pop. Minhas primeiras memórias musicais, além das coisas que meus pais escutavam, é do pop que tocava no rádio. Logo me apaixonei por Depeche Mode, Michael Jackson, Madonna e toda aquela geração seguinte, do pop dos anos 1990”, disse ele em nossa entrevista.
Entre suas principais referências, ele cita ainda nomes como Anohni, David Bowie, St. Vincent, Blondie, Talking Heads, Mutantes e Karine Alexandrino.
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Com formação musical desde a infância, Siso passou a ser autodidata e a compor ainda na adolescência. Com o tempo, foi formando bandas com amigos e passou por diversos estilos: punk, rock, folk, MPB e acabou chegando ao eletrônico.
Em 2017, lançou o single Saudade e o álbum Saturno Casa 4, que mantinha a vibe MPB encontra eletropop.
Suas letras com frequência questionam papéis de gênero e sociais, como em “O Amor é 1 Arma de Destruição em Massa”
Em seguida, vieram os singles Cascagrossa, Clarão e A Onda, em parceria com Julia Branco
No final do ano passado, Siso nos presenteou com um disco novo com a sensacional e viciante Pop Antigo.
Para conhecer mais do Siso, acesse seu perfil no Spotify.
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