Museu Paranaense terá prorrogação da exposição “Educação pela Pedra”

Exposição marca a primeira ação da parceria entre o Museu Paranaense e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), de Recife

A exposição Educação pela Pedra, que marca a primeira ação da parceria entre o Museu Paranaense e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), de Recife (PE), teve seu período de visitação prorrogado até o dia 26 de setembro.
A mostra, com curadoria e Moacir dos Anjos, tem como eixo temático o centenário de nascimento do escritor e poeta recifense João Cabral de Melo Neto. As obras apresentadas investigam os afetos canalizados pelos versos do poema que dá nome à exposição, escritos em 1966.
“O poema nos apresenta a pedagogia da pedra e a sua capacidade de nos ensinar por ela própria, uma cartilha muda, mas que nos educa. Pode ser entendida como a metáfora de nossa relação com a arte: a capacidade que a arte tem de nos emancipar e educar por ela própria, nos fazer ver o mundo de outra maneira”, diz o curador, que inaugurou a ponte aérea do projeto no final de novembro de 2020 para a montagem da mostra.

museu paranaense
Obra “Crônicas de retalho – Sabotar e vencer”, de Randolpho Lamonier, um dos artistas participantes da exposição. Foto: Divulgação

Inaugurada oficial e presencialmente para o público no início de 2021, a mostra conta com obras de diversos artistas brasileiros, como Oriana Duarte, Marcelo Moscheta, Jonathas de Andrade, Jimmie Durham, Cinthia Marcelle, Traplev, Agrippina Manhattan, Louise Botkay e Randolpho Lamonier, além de Caetano Veloso, que só entrou na montagem curitibana. A canção do músico baiano “If you hold stone”, que permeia a mostra, foi composta no exílio em homenagem à artista brasileira Lygia Clark e descreve a experiência de interagir com o trabalho da artista, sugerindo que o contato com a pedra gera conhecimento.

VEJA TAMBÉM: Exposição no MON reúne fotografias e instalações inéditas de Sonia Dias Souza

Os trabalhos desses artistas contemporâneos dialogam de forma direta ou indireta com as lições do poema de João Cabral: a resistência, a concretude, a concisão e a impessoalidade. São audiovisuais, instalações e fotografias que desafiam o espectador na capacidade de articular a arte com a sua própria bagagem e aspirações.
O horário de funcionamento do Museu Paranaense é das 10h às 17h30, de terça a domingo. Aos finais de semana é necessário fazer agendamento prévio no Sympla. A entrada é gratuita.
O endereço é Rua Kellers, 289 – Alto São Francisco, no Centro Histórico de Curitiba. Mais informações no site www.museuparanaense.pr.gov.br, no Facebook ou Instagram.
 
Você sabia que o Curitiba de Graça é um veículo feito por jornalistas e é independente? Para continuarmos fazendo nosso trabalho de difusão da cultura precisamos do seu apoio. Veja como colaborar AQUI.