Festival cultural une a arte do skate com o grafite

Evento com artistas de diversas partes do país será fechado ao público, mas terá transmissões ao vivo e visitas agendadas a partir do dia 19 de julho

Neste fim de semana (17 e 18/07), Curitiba será sede do mais importante evento de grafite realizado no Brasil, o 8º Festival de Graffiti Street of Styles Artistas de todo o mundo transformarão as paredes da pista de skate indoor Curitiba Skate Park, localizada na região central, em uma verdadeira galeria de arte.

Ao contrário das edições anteriores e devido ao cenário pandêmico, essa etapa do festival será fechada ao público e só participarão da intervenção os artistas convidados, que deverão cumprir todos os protocolos de segurança exigidos pelo Ministério da Saúde. Contudo, durante dos dois de festival acontecerão transmissões ao vivo pelo Instagram @street_of_styles. Após o evento, ainda será divulgado um vídeo-documentário, com entrevistas dos artistas, curadoria e processo criativo.
Quem desejar também ver o resultado presencialmente, poderá fazer visitas a partir do dia 19 de julho. Mas, as vagas são limitadas e será necessário agendamento pelo Sympla.

Mestre de cerimônia das cenas urbanas

Com realização da Montenegro e curadoria do artista visual Michael Devis, o festival busca a representação artística das cenas urbanas e nessa edição terá o skate como o principal “mestre de cerimônias”.
“Ter a oportunidade de receber o Street of Styles aqui na nossa casa, reafirma o nosso compromisso em desenvolver parcerias fortes com marcas engajadas e profissionais competentes e comprometidos com a evolução dos esportes, das artes e da cultura. O skate, o grafite e a música sempre andaram de mãos dadas e são ferramentas de posicionamento cultural e desenvolvimento sócioeconômico”, afirma Lucas Bora Araujo, sócio-administrador da Curitiba Skate Park.
Segundo o curador do festival, o artista visual Michael Devis, o conceito do festival é promover o networking entre os artistas de rua com aqueles de diversas partes do mundo, promovendo um intercâmbio de ideias que desperte maiores possibilidades para a arte.

Isaac Souza de Jesus, aqui do Paraná, é um dos participantes do festival. Foto: Divulgação

Serão realizadas intervenções visuais de artistas de todo o país em uma área de mais de 300 metros quadrados. Em paralelo, ainda acontecerá uma mostra de shapes de skates customizados com pinturas exclusivas, retratando a união do lifestyle do skate com a arte contemporânea e apoio da Mundi Skate Shop.
Michael Devis adianta que os artistas vão representar os seus próprios estilos dentro do mural pintado no espaço. A ideia é realizar um mix de todas as influências para produzir uma peça única nas paredes da Skate Park.
“Para esta edição pocket, estamos trazendo 21 artistas de todas as regiões do Brasil. Vamos trabalhar com todos os estilos do grafite – wildstyle, bomb, throwUp, freestyle, personagem, 3D, entre outros, visando a diversificação dos estilos da arte urbana, assim como do grafite para a ampliação do conteúdo na criação de um novo mural na cidade. Além disso, estamos trazendo homens, mulheres, e pessoas de transgêneros e/ou LGBTQI na inclusão dentro do festival, abrindo assim, as portas para pessoas de todos os gêneros e estilos”, revela.

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Já estão confirmados renomados artistas como Babu (MT), Artestensiva (PR), Raiz (AM), Fênix (MG), Deleon (PR), Ise (SP), Bruno Dhoar (PR), Starley (ES), Gustas (PR), Vidal (BA), Carão (PR), Jay Moraes (PR), Does (SP), Matias Souza (AC), Cazé (RJ), Dninja (MG), Gardpam (PR), Kueio (SP), Fabio Flop (RS), Isaac Souza de Jesus (PR) e Wagner Santiago (PR).

Democratização da arte

O festival ainda terá um projeto em escolas como plano de contrapartida do projeto executado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Durante o ano, quatro murais serão produzidos em escolas municipais com a participação dos alunos, professores e artistas, envolvendo aproximadamente 500 estudantes em oficinas práticas de grafite.
“O papel dos projetos culturais, sendo eles incentivados ou não, é sempre promover a democratização da arte e o fomento da produção cultural. Ao levarmos as oficinas para as escolas estamos cumprindo essas duas premissas tão fundamentais para a continuidade de ações como essa”, declara Carolina Montenegro, coordenadora do projeto.
 
 
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