Museu localizado na cidade de Arapoti conta a história da imigração dos holandeses na região
No mês de maio, Associação Parque Histórico de Arapoti completou mais uma etapa do projeto de reestruturação do Museu Imigrante Holandês. Em reunião técnica com a Viés Cultural, empresa especializada em Museologia e Patrimônio, os membros da diretoria da Associação retomaram as ações promovidas até o momento e discutiram o diagnóstico da entidade, tendo em vista as atividades futuras.
“Tivemos a oportunidade de acompanhar todas as intervenções feitas a nível de manutenção e reforma da edificação para implantar os espaços de trabalho técnico e guarda de acervo. Isso foi um passo bem importante na reestruturação do museu”, comenta o museólogo da Viés Cultural, João Paulo Corrêa.
As reuniões de apresentação e debate do diagnóstico foram o principal momento da visita. “O diagnóstico é uma etapa fundamental da elaboração do Plano Museológico, porque é quando a gente passa um raio-x sobre a instituição. A partir da missão e visão que foram definidas em fevereiro, nós trabalhamos para entender quais eram os sonhos e as aspirações”, explica Maurício Selau, historiador da Viés Cultural Museologia e Patrimônio.
VEJA TAMBÉM: Museu em São José dos Pinhais recebe a exposição “O Mundo Mágico dos Ningyos”
Por meio da matriz FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças), foram avaliados 11 programas que o Museu Imigrante Holandês deve criar ou consolidar: institucional, gestão de pessoas, exposições, arquitetônico e urbanístico, pesquisa, socioambiental, educativo e cultural, acervos, financiamento e fomento, segurança e comunicação. “Isso nos permitiu ter uma consciência clara de como o museu está hoje e uma clareza maior ainda de que não se resolvem todos os problemas de uma única vez”, pontua Maurício. O próximo passo é a elaboração dos programas de cada um dos segmentos, definindo quais são as diretrizes e ações prioritárias em curso, bem como para o médio e longo prazo.
Essa ação faz parte do Projeto de Reestruturação do Museu Imigrante Holandês, PRONAC 202349, realizado pela Associação Parque Histórico de Arapoti com o apoio do BRDE, Grasp, Coonagro e das cooperativas Capal, Ceral e Sicredi.
Resgate da história
Em 2007, teve início a história do Museu Imigrante Holandês, por meio da fundação da Associação Parque Histórico de Arapoti, que reuniu um acervo por meio de doações da comunidade holandesa. A sua atual estrutura é uma edificação construída em 1963, o entreposto para a atividade leiteira, que contribuiu para o desenvolvimento econômico na região.
O museu tem em exposição diversos objetos, fotografias e documentos que ilustram como era a vida dos imigrantes holandeses na região de Arapoti nos primeiros anos de colonização, na década de 60, assim como as mudanças que ocorreram ao longo do tempo.
Entre os itens, o público encontra móveis e utensílios usados na vida doméstica que foram trazidos da Holanda, além de ferramentas do trabalho agropecuário (que também retratam a evolução da agricultura e da pecuária), objetos relacionados às atividades educativas, esportivas, religiosas e culturais da colônia.
Devido à importância histórica para o município de Arapoti, o cooperativismo conta com uma sala exclusiva no museu, que destaca as trajetórias das cooperativas Capal, Ceral e Sicredi, com fotografias e documentos que retratam a história das cooperativas e objetos de trabalho com valor histórico.
O museu está aberto para visitação de pequenos grupos mediante agendamento pelo whatsapp (43) 99926-9466, sendo necessário consultar a disponibilidade dos guias voluntários. Não é necessário comprar ingresso, mas é solicitada uma colaboração espontânea – a sugestão é de R$ 5. O endereço é Rua Geert Leffers, s/nº – Vila Evangélica, na cidade de Arapoti, localizada entre os Campos Gerais e o Norte Pioneiro do Paraná.
Você sabia que o Curitiba de Graça é um veículo feito por jornalistas e é independente? Para continuarmos fazendo nosso trabalho de difusão da cultura precisamos do seu apoio. Veja como colaborar AQUI.