Chegou a hora do pinhão! Colheita e venda são liberadas a partir de 1º de abril

Liberação é feita pelo Instituto Água e Terra, que tem o objetivo de garantir o consumo sustentável e proteger a reprodução da araucária

A partir da próxima quinta-feira (01/03), já será permitido fazer a colheita, venda, transporte e armazenamento do pinhão em nosso estado. A recomendação é que a semente seja colhida de pinhas que já caíram, sinal mais garantido de sua maturação. Além disso, evita que a pessoa corra o risco de queda ao subir numa araucária.

A semente da araucária se forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai abrindo até liberar o pinhão, o qual precisa de quatro anos para completar o seu amadurecimento. As pinhas maduras desprendem dos galhos geralmente entre os meses de abril a agosto e quando arrebentam esparramam as sementes do seu interior.
Mesmo sendo colhido na data permitida, é proibido o consumo e venda do pinhão verde. As pinhas imaturas apresentam casca esbranquiçada e alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos, podendo o alimento se tornar até tóxico para o consumo humano. Se consumido, pode prejudicar a saúde com problemas como a má digestão, náuseas e até episódios de constipação intestinal.

Legislação

As normas e instruções para a liberação são estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015, definida pelo Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, com o objetivo de conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, árvore símbolo do Paraná, ameaçada de extinção.

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“Quando o pinhão cai ao chão, é uma oportunidade para animais, como a cutia, ajudarem a semear em outros lugares, garantindo a reprodução da araucária”, explica diretor-presidente do IAT, Everton de Souza.
De acordo com as normas ambientais, a pessoa que for flagrada na venda, transporte ou armazenamento do pinhão antes do dia 1º de abril está sujeita a responder a processos administrativo e criminal, além de receber auto de infração ambiental e multa de R$ 300 para cada 60 quilos de pinhão.
“A venda do pinhão deve seguir a legislação vigente para que possamos garantir a maturação do fruto e também a preservação da araucária. Não é permitido vender nem comprar pinhão antes da data estabelecida”, afirmou o diretor de Licenciamento e Outorga do IAT, José Volnei Bisognin.
A venda de pinhões trazidos de outros Estados também não é permitida, sendo obrigatório respeitar as normas locais. Denúncias sobre a venda irregular de pinhão e demais infrações ambientais podem ser feitas no link Fale Conosco, no site do IAT, pelo telefone do Instituto em Curitiba: (41) 3213-3700 ou, ainda, nos Escritórios Regionais do IAT e na Polícia Ambiental.
 
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