“Eu canto assim” chega às plataformas digitais no dia 11 de outubro
Após dois anos sem novos trabalhos, o percussionista Airto Moreira lança o álbum “Eu canto assim”, com clássicos brasileiros que passeiam entre o jazz, a bossa nova e o bolero, que chegará às plataformas digitais (Spotify, Deezer e Apple Music) no dia 11 de outubro. Posteriormente, o álbum ainda deve ganhar uma versão em vinil.
Conhecido mundialmente, Airto Moreira, que é catarinense, mas vive em Curitiba desde a sua adolescência, coleciona parcerias com personalidades como Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Miles Davis, Ron Carter, Wayne Shorter, Chick Corea, Herbie Hancock, entre outros.
“Eu canto assim” tem participação e arranjos dos jovens músicos Davi Sartori, no piano, e Thiago Duarte, no contrabaixo acústico, bem como da eterna companheira Flora Purim, que que além de acompanhá-lo na faixa “Mulambo”, assina a direção musical do trabalho. O álbum foi produzido pela Brasil Nativo Multiproduções e será distribuído pelo selo independente Ars Magna, ambos idealizadas pela produtora Gisele Filippetto.
Confira uma resenha sobre o álbum escrita por Maurício Stunitz Cruz:
Quem gosta de boa música em qualquer canto do planeta conhece o nome Airto Moreira. O homem que ao longo da carreira participou de, e em alguns momentos promoveu, revoluções musicais é referência incontestável quando se fala do binômio bateria/percussão. A excelência técnica, o comprometimento, a originalidade e a coragem possibilitaram a Airto tocar com os maiores nomes da música popular, do jazz e da chamada world music. Sobre essa última pode-se dizer, inclusive, que ele é um dos seus “inventores”.
Os que gostam de boa música e são ouvintes mais atentos do seu trabalho sabem que Airto, além de brilhar na criação de ritmos irresistíveis, frequentemente canta em seus discos. Seja em vocalises ou em letras de músicas que representam sua visão de mundo, Airto canta e canta muito bem. O que pouca gente sabe é que Airto vai além dos cantos orgânicos, por vezes selvagens, que pontuam sua obra. E apresentar essa faceta pouco conhecida é o grande mérito deste trabalho. “Eu Canto Assim” permite ao público entrar em contato com um cantor diferente do estamos acostumados a ouvir. Com ele voltamos aos tempos dos clubes e boates e Airto retira da memória e, principalmente do coração, uma coleção de consagradas e belíssimas canções dos anos 50 e início dos 60.
O álbum revisita um repertório que tem composições de nomes como Dolores Duran, Billy Blanco, Lupicínio Rodrigues e o jovem Antônio Carlos Jobim. Romântico? Sim, mas o cantar de Airto traz também para essas canções a sabedoria que a vida lhe proporcionou. Nelas o cantor demonstra perfeito entendimento do alcance musical e poético do que está cantando. Cada palavra, cada nota, cada verso são interpretados de fato e, com isso, cada canção é entregue ao ouvinte em sua plenitude.
Airto Moreira é muito bem acompanhado neste “Eu Canto Assim”. Grandes nomes da nova geração de músicos brasileiros, o pianista e arranjador Davi Sartori e o baixista Tiago Duarte são o complemento perfeito para o cantor Airto. Cabe ainda destacar a luxuosa direção musical de Flora Purim, que participa da faixa “Mulambo”, a direção técnica do Beto Japa e a força e amor pela boa música da produtora Gisele Filipetto, que transformaram o desejo de Airto em realidade.
O álbum “Eu Canto Assim” é o primeiro lançamento do selo ARS MAGNA. Mais do que uma aposta, ARS MAGNA é uma proposta séria de Gisele Filipetto para estabelecer mais um, tão necessário, espaço de produção para nossa música de qualidade. Convido você a ouvir essa coleção de canções que, na voz de Airto Moreira, permitem que viajemos por um Brasil que amamos e que em tempos recentes parece estar escapando entre nossos dedos.