Profissionais do I Hate Flash listam seus livros preferidos para quem busca uma imersão no universo da fotografia
Nesta sexta-feira (24/04) é comemorado o Dia Mundial do Livro. Entre os mais diversos temas das milhões de obras que existem em todo planeta, um nicho são os livros de fotografia, que mesclam texto e imagens ou apenas apresentam cliques que contam histórias por si só.
VEJA TAMBÉM: Série Curitiba na Lente traz imagens captadas por fotógrafos da capital paranaense
Os fotógrafos do coletivo de produtores de conteúdo I Hate Flash selecionaram algumas obras indispensáveis para quem busca uma verdadeira viagem pelo encantador universo da fotografia.
Área 91
Thales Leite
O livro é um registro de aparelhagens de tecnobrega, movimento musical com origem em Belém do Pará, que durante a noite é para mais de 10 mil pessoas que gostam do estilo. A série, comtemplada com primeiro lugar na categoria livre criação no XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2012, apresenta um recorte que identifica elementos da estética dos filmes de ficção científica nessas festas de aparelhagem. O título, “Área 91”, se refere ao código de comunicação de Belém e também à base militar americana “Área 51”, que, de acordo com ufólogos, estuda objetos voadores não identificados.
Sobre Fotografia
Susan Sontag
Vencedor do National Book Critici Circle Award, em 1977, o livro é um marco dos estudos de imagem. No Brasil, foi publicado em 1983. Os seis ensaios que compõem a obra, feita pela romancista e filósofa Susan Sontag, analisam a fotografia como fenômeno civilizatório desde o surgimento do daguerreótipo (primeiro tipo de processo de fotografia) no século XIX. Para além das técnicas fotográficas, Sontag apresenta uma história social da visão e a importância da fotografia como elemento central na cultura contemporânea. As análises passam pela filosofia, sociologia, estética e arte pictórica. Como a autora resume “Tudo existe para terminar em uma foto”.
O Instante Certo
Dorrit Harazim
O primeiro livro da premiada jornalista Dorrit Harazim conta as histórias de alguns dos mais célebres fotogramas já tirados. Deixando de lado um pouco do olhar técnico, a obra tem foco nos aspectos humanos, nas narrativas por trás das luzes e sombras. Registros como da Guerra Civil Americana contam com profundas análises dos avanços tecnológicos da época e como os cliques foram fundamentais para mudar a reportagem de guerra. Já no Brasil, a autora aborda a mudança na lei trabalhista, que tem como frutos importantes retratistas no país e revela como o acaso e a sorte levaram um ou outro fotógrafo ao sucesso internacional.
The Devil’s Playground
Nan Goldin
Lançado em 2003, o livro é uma reunião de cliques da fotógrafa americana Nan Goldin, feitos durante 35 anos. As imagens, que tem início em 1970, são consistentemente íntimas e atraentes, além de contar histórias pessoais de relacionamentos, amizades e identidade da autora que teve a vida rodeada de drogas e violência doméstica. Ela mostra o momento em que cruzou limites, a morte de amigos próximos por Aids e a consequência de sua liberdade.
Autorretatos de Um Isolamento
Fernando Schlaepfer
Desde o começo da pandemia da covid-19 o coletivo I Hate Flash tem criado desafios de conteúdo para as redes sociais. Foi quando o sócio-fundador e fotógrafo, Fernando Schlaepfer, passou a clicar autorretratos todos os dias. O que era para durar pouco mais de um mês, acabou se transformando em um ano inteiro, em que a imaginação e produtividade mantiveram a cabeça do fotógrafo ocupada. A ideia despretensiosa acabou virando o livro “Autorretratos de Um Isolamento”. A obra é uma maneira colaborar com a ONG Comunidade Santo Amaro Contra a Covid. Todo o lucro das vendas é convertido em cestas básicas, produtos de higiene básica e água para comunidades mais afetadas pela pandemia.
Você sabia que o Curitiba de Graça é um veículo feito por jornalistas e é independente? Para continuarmos fazendo nosso trabalho de difusão da cultura precisamos do seu apoio. Veja como colaborar AQUI.