Separamos cinco nomes expressivos da nossa literatura
para você conhecer durante esta pandemia
Por Carlos Bório
Uma boa pedida agora nesta quarentena é mergulhar de cabeça em um bom livro e viajar para outros lugares sem sair da segurança da sua casa. Basta deixar a imaginação fazer a sua parte e te levar para outros universos e mundos. E nós, do Curitiba de Graça, separamos cinco escritores paranaenses para você escolher uma obra e deixar sua rotina um pouco mais leve nesta pandemia.
Um dos maiores nomes da nossa literatura é Dalton Trevisan, um contista de mão cheia, considerado um dos maiores do Brasil por críticos da área. Dalton nasceu em 1925 e não gosta muito de dar entrevistas e aparecer em público, tanto que ganhou o apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um dos seus livros. Também recomendamos Cemitério de Elefantes, A Polaquinha e Novelas Nada Exemplares.
Outro destaque da literatura paranaense é Cristóvão Tezza, que apesar de ter nascido em Lages, Santa Catarina, se radicou em Curitiba desde os oito anos e virou “paranaense”. Tezza se inspirou em Curitiba para criar suas obras literárias. Entre elas destacamos O filho eterno, Trapo, Breve Espaço Entre Cor e Sombra, O Fotógrafo, Juliano Pavollini e o mais recente, A tirania do amor.
Mais um catarinense de nascimento e paranaense de coração que se destaca na literatura é Manoel Carlos Karam. Karam era jornalista e trabalhou nos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná. Entre seus principais livros destaque para Comendo Bolacha Maria No Dia de São Nunca, Jornal da Guerra Contra os Taedos e Godot é Uma Árvore, seu último trabalho.
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Wilson Bueno é outro nome marcante da nossa literatura. Wilson nasceu em Jaguapitã, no interior do Paraná, mas se mudou para Curitiba ainda criança. Se destacou no jornalismo como editor do jornal literário O Nicolau, publicado mensalmente pelo governo do Paraná. Entre seus livros, destacamos Bolero’s Bar, uma coletânea com a participação de Paulo Leminski, Mar Paraguayo, Amar-te a ti nem sei se com carícias, Cachorros do céu e Meu Tio Roseno a Cavalo.
E não podia faltar nesta lista o gênio Paulo Leminski. Leminski nasceu em Curitiba e logo se destacou pela sua intelectualidade e genialidade. Ele criou seu próprio estilo de poesia, brincando com haicais, frases e ditados populares. Também enveredou para o lado da música. Sua letra Verdura foi gravada por ninguém menos que Caetano Veloso, em 1981. Ele também fez parcerias com o grupo A Cor do Som e a banda curitibana Beijo AA Força. Entre suas obras podemos destacar Polonaises, Hai Tropikais, Distraídos Venceremos, Catatau, Caprichos e relaxos, entre outras.
Agora é só você escolher um destes livros, sentar no seu sofá e relaxar um pouco. Boa leitura!
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