Qual o impacto da pandemia nas manifestações de tradições culturais?

Mesa-redonda virtual discutirá como grupos étnicos podem dar continuidade ao seu trabalho de divulgação para o público

O desafio de manter as tradições culturais durante a pandemia da covid-19, que esvaziou o palco do Pavilhão Étnico do Memorial de Curitiba, é o tema de uma mesa-redonda on-line no próximo sábado (29/05), das 14h às 16h. O evento é promovido pela Coordenação de Etnias da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e terá 100 vagas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas AQUI.
Segundo o coordenador de Etnias da FCC, Carlos Hauer Amazonas de Almeida, a proposta é entender o impacto das restrições sanitárias sobre o segmento e como fazer para dar continuidade a essas manifestações culturais e o seu compartilhamento com a audiência.
Para conversar sobre o assunto, foram convidados a diretora do grupo folclórico do Centro Espanhol do Paraná e cônsul da Espanha, Blanca Hernando Barco, a mestre em Psicologia Simone Dallegrave Marchesini e o filósofo, doutor em Comunicação e pesquisador de Danças Folclóricas Brasileiras Antônio Nolberto de Oliveira Xavier.

Silêncio no Pavilhão

Espaço de eventos com uma intensa agenda matinal de domingo desde sua abertura, em 2017, o Pavilhão Étnico fechou suas portas em março do ano passado, deixando o palco sem as apresentações de dança e canto tradicionais e folclóricas, que inclui grupos étnicos, CTGs (Centros de Tradições Gaúchas) e Escolas de Samba, além das feiras gastronômicas com culinárias típicas que atraíam crianças e adultos de todas as idades.

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“Se os grupos ficaram privados de compartilhar a sua cultura e conviver em comunidade, o público que frequenta o Largo da Ordem e a Feira de Artesanato ficou sem essa possibilidade de acesso aos seus belos espetáculos grátis. Nosso evento é também pensando nele”, observa Hauer.
O coordenador perdeu a conta de quantos grupos já subiram ao palco do Memorial de Curitiba, sede do Pavilhão Étnico, nesses quatro anos de funcionamento. Além dos 18 participantes da Ainterpar (Associação Interétnica do Paraná), ele lembra que o local chegou a receber pelo menos mais 12 grupos ligados a etnias e tradições do Brasil e cultivadas pelos descendentes dos imigrantes que contribuíram para formar a população curitibana.
 
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