Exposição será um recorte da que foi apresentada no MON em 2019
O Museu Oscar Niemeyer (MON) leva a Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, obras da exposição “Estruturas e Valores”, do artista paranaense Antonio Arney. A mostra será inaugurada no dia 10 de junho, na Casa da Memória Manoel Alves Pereira.
“A proposta das itinerâncias é levar um pouco do Museu Oscar Niemeyer a outros municípios, o que permite que a instituição estenda a sua atuação. Além de ajudar a democratizar a arte, as itinerâncias deixam um convite para a integração cada vez maior da cultura paranaense”, comenta a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
A exposição em Piraquara é um recorte da que foi apresentada no MON em 2019. Serão cinco obras que utilizam como técnica colagem, relevo e pintura, além do vídeo “Colmatagem”, de Eliane Prolik e Larissa Schip.
“Arney contabiliza 60 anos de atuação, conhecimento e experiência. Sua obra é viva e pulsante, mantendo-se atual aos 93 anos de idade do artista”, afirma uma das curadoras da mostra, Eliane Prolik.
As pinturas com colagens em madeira de Arney herdam aspectos da arte construtiva e unificam elementos geométricos a materiais usados e de rejeitos, trazendo uma discussão atual sobre a sustentabilidade, arquitetura e memória e falando sobre um mundo construído em respeito à natureza. “Aquela advinda das árvores, do saber agregar elementos e valores da vida: a paisagem, a cidade, os outros, a casa ou uma arquitetura social ampla”, aponta Eliane.
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Em seu papel de artista, Arney aponta novos significados, potências e descobertas, fazendo refletir sobre o reuso, a sustentabilidade, a reciclagem e a importância da memória das coisas e do tempo, todos temas essenciais e atuais. A curadoria da exposição também é assinada por Adolfo Montejo Navas.
A Casa da Memória Manoel Alves Pereira abre de segunda a sexta, das 9h às 17h. O endereço é Avenida Getúlio Vargas, 67 – Centro. A entrada é gratuita.
Artista premiado
Nascido em 1926, em Piraquara, Arney é um artista autodidata, que aprendeu o ofício de marcenaria com seu pai. Sua longa trajetória profissional começou em Curitiba no final dos anos 1950, com a participação no Círculo de Artes Plásticas.
Em seu currículo constam inúmeros prêmios, sendo oito somente no Salão Paranaense. Participou de importantes mostras nacionais e internacionais como: I e II Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP (1969 e 1970); XI Bienal Internacional de São Paulo (1971); Brasil Plástica 72; I e III Salão Nacional de Artes Plásticas (1978 e 1980), no Rio de Janeiro.
Realizou ainda as exposições individuais “Estações”, no Museu de Arte Sacra de Curitiba (Masac); “Outra Coisa”, no Museu de Arte (Musa)/UFPR, e “O Poeta e o Marceneiro”, na Galeria Boiler (Curitiba). Participa atualmente da exposição “Luz ≅ Matéria”, com obras do acervo do MON, em Curitiba.
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