MAC Paraná completa 51 anos e comemora com ampla programação

Entre as atividades previstas estão o tradicional Salão Paranaense de Arte Contemporânea e ações on-line para discutir a arte indígena contemporânea no Paraná

Neste mês de março, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR) completa 51 anos de existência. Para comemorar, estão previstos diversos projetos e atividades, como o tradicional Salão Paranaense de Arte Contemporânea, a exposição da artista Dulce Osinski e ações on-line para discutir a arte indígena contemporânea no Estado, entre outros temas. Está sendo fechada, ainda, uma parceria com universidades do Paraná para o projeto de abrangência estadual Possíveis Conexões, no segundo semestre.
A programação, segundo a curadora e produtora Ana Rocha, busca tornar o museu inclusivo e diverso. “A ideia de um museu vivo, em constante processo de transformação, é, para mim, o que define um museu de arte contemporânea. Ele nunca terá um escopo completamente definido e deve estar atento e em diálogo com as questões urgentes da sociedade”, explica.
Entre os destaques para os próximos meses está a exposição do Salão Paranaense de Arte Contemporânea. Em sua 67ª edição, o Salão vem ao encontro de uma revisão sobre a coleção do museu e lacunas que nela existem, com o objetivo de ampliar a diversidade e a pluralidade de vozes representadas nesse acervo.
Com edital aberto a artistas brasileiras e brasileiros de todo o território nacional, o salão, de maneira inédita, valorizou e incentivou a inscrição de grupos que sofrem discriminação baseada em raça, gênero, etnia, cultura e pessoas LGBTQI+.
Outro projeto pautado pelas atuais diretrizes é o Possíveis Conexões, uma grande exposição-laboratório em que todas as atividades que compõem a criação de uma mostra serão transformadas em cursos abertos a centenas de estudantes de artes de todo o Paraná e à comunidade em geral. O resultado desse processo será uma grande mostra que trará visibilidade à produção universitária estadual, prevista para 2022.

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A produção da pintora, desenhista e gravadora paranaense Dulce Osinski também vai ganhar duas exposições promovidas pelo MAC Paraná. Uma será dedicada a novos trabalhos da artista de Irati, com curadoria de Benedito Costa Neto, e a segunda fará um resgate histórico de sua importante produção em constante transformação.

Atividades virtuais

Nos últimos meses, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná também promoveu uma série de ações on-line para levar arte ao público durante o período de isolamento social. Além de apresentar seu acervo por meio do Facebook e Instagram, o museu foi escolhido o representante brasileiro da exposição on-line Do It Home, promovida pelo Independent Curators Intl e com curadoria de Hans Ulrich Obrist.
Nesse programa, o público tem contato com uma série de instruções de artistas como Olafur Eliasson, BTS e Jota Mombaça para produzir obras de arte e se desconectar, por alguns momentos, da vida digital.
O MAC Paraná também está publicando em seu perfil no Instagram uma série de depoimentos de artistas, críticos, ex-funcionários e do próprio criador do museu, o artista Fernando Velloso. Por meio dos depoimentos, constrói-se um panorama crítico sobre o passado, o presente e o futuro do museu.
Ainda serão realizadas nos próximos meses uma série de encontros para discutir temas pertinentes à arte contemporânea – da arte indígena contemporânea no Paraná a uma discussão sobre curadoria e a relação entre museus e universidades.
 
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