Guego Favetti faz um retrato de sua carreira em novo álbum

“Autorretrato” apresenta somente canções autorais desse cantor gaúcho, mas que faz parte da cena musical curitibana

Nesta próxima sexta-feira (04/06), o cantor e compositor Guego Favetti apresenta a live de lançamento do seu novo álbum “Autorretrato”, que traz dez músicas do artista, quatro das quais inéditas. O show será a partir das 19h30 e terá transmissão pelo Facebook do artista.
Gravado no estúdio Gramofone, o álbum, como o próprio nome fala, é um retrato da carreira musical de Guego sob o ponto de vista autoral. “Cantando na noite curitibana, ou em apresentações com meus irmãos no Trio DFavetti, eu sempre fui mais conhecido como intérprete. Mas depois de 40 anos de carreira, já estava mais que na hora de encarar o desafio de gravar um disco só com minhas próprias composições”, explica o músico.
A canção que abre o disco é justamente “Auto-retrato”, parceria de Guego Favetti com Aldo Zarbin. O nome da música é assim mesmo, com grafia diferente da do título do álbum. De acordo com Guego, a letra do professor Aldo é um grito contra a indiferença, a injustiça e a falta de oportunidade para todos. “Ela ressalta historicamente a luta de cada segmento social, como os povos latinos, os negros e o movimento anarquista”, diz ele.
“Auto-retrato” foi gravada em duas versões: uma delas acústica, apenas com voz e violão, e outra com arranjo de Guego e Vladimir Urban, tendo a participação da banda curitibana de psicobilly “Os Partigianos”.

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O álbum traz mais duas músicas em que Guego divide a autoria: “Sob proteção” (de Cesar Matoso e Guego Favetti) e “Viola do meu coração” (de Guego Favetti e Gilberto Ferreira). As demais, “Noites curitibanas”, “A cor do samba”, “Não negaceie minha viola”, “Vozes”, “Terra Terra” e “Eu quero esse canto”, são de autoria apenas do músico. O disco conta ainda com as participações dos músicos André Ribas, Luciano Pasinatto, Julião Boêmio, Márcio Rosa, Cesar Matoso, Alvaro Ramos e Vitor Pinheiro.

Do Rio Grande do Sul para Curitiba

Já soma mais de meio século a jornada de Guego Favetti no Paraná. Vinda do Rio Grande do Sul, sua família se fixou inicialmente em Pato Branco. Com o passar do tempo, os Favetti foram vindo para Curitiba. Aqui, com seu jeito simples, sem pretensão ou alarde, Guego se tornou personagem da vida musical da capital paranaense.
O primeiro trabalho gravado foi o CD “Noites Curitibanas” (1998). Depois dele veio “Arretirança” (2005), com seus irmãos Tita e Titi, do Trio DFavetti. Em 2007 foi gravado o terceiro CD, “Branco”. Em 2011, lançou o álbum duplo “Degrau do Tempo”, que também virou DVD com a gravação do show realizado no Teatro da Caixa. Em 2017, surgiu “O Troco de Taiguara”, CD com interpretações de Guego e do Trio DFavetti. O disco foi lançado em todo o Brasil pelo selo Kuarup, com shows realizados em Curitiba e São Paulo.
Devido à pandemia da covid-19, Guego tem se dedicado à realização de lives. Em 15 meses, já foram mais de 140. “É a forma que encontrei de resistir nesses tempos tão difíceis, e também de contribuir por meio da minha música para amenizar um pouco a dor das pessoas”, afirma o artista.
“Autorretrato”, que estará disponível nas principais plataformas musicais de streaming a partir de 4 de junho, tem produção musical de Alvaro Ramos, com arranjos do próprio Alvaro, de Julião Boêmio, de Vitor Pinheiro e Vladimir Urban. A produção executiva é de Antonio Carlos Domingues.
 
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