Festival Varilux de Cinema Francês terá edição presencial

O festival exibirá 18 longas-metragens, entre inéditos e recentes, além de uma mostra gratuita em homenagem à Nouvelle Vague

No dia 19 de novembro, inicia mais uma edição do Festival Varilux de Cinema Francês. O evento será presencial e Curitiba está entre as cidades confirmadas. Os cinemas que sediarão o festival na capital paranaense são o Cine Passeio, o Cinépolis Pátio Batel e o Cineplex Novo Batel. Os horários de sessões e preços de ingressos serão informados nos próximos dias no site variluxcinefrances.com/2020.
Neste ano, serão exibidos 18 longas-metragens, sendo 17 inéditos e recentes, além de uma mostra paralela gratuita com oito filmes em homenagem aos 60 anos da Nouvelle Vague e palestra on-line com Jean-Michel Frodon, crítico e ex-diretor do Cahiers du Cinéma, sobre o movimento francês que teve início no fim da década de 1950.
Os espectadores poderão conferir trabalhos de diretores, de astros e estrelas e de expoentes da nova geração. Comédia dramática, comédia romântica, animação e documentário são alguns dos gêneros das produções participantes.
Na programação do Festival Varilux com filmes inéditos estão diretores consagrados como François Ozon, presença recorrente na mostra, que apresenta “Verão de 85” (Eté 85), longa que integrou a seleção oficial do Festival de Cannes.
A edição 2020 também traz filmes premiados, como o “Apagar o Histórico” (Effacer l’historique), de Benoît Delépine e Gustave Kervern, que ganhou o Urso de Prata neste ano, no 70ª Festival de Berlim por “filme que abre novas perspectivas”; “Belle Epoque” (La Belle Époque), de Nicolas Bedos, que foi detentor de três Césares em 2020: melhor roteiro original, atriz coadjuvante e direção de arte; e a animação “A famosa invasão dos ursos na Sicília” (La fameuse invasion des ours en Sicile), longa do ilustrador e autor de histórias em quadrinhos Lorenzo Mattotti, inspirado no livro de Dino Buzatti. O filme ganhou o Prêmio da Fondation Gan pour le Cinéma.
A seleção ainda inclui sucessos de bilheteria. O longa-metragem “Sou Francês e Preto” (Tout Simplement Noir), de Jean-Pascal Zadi e John Wax, somou mais de um milhão de espectadores na França após a reabertura dos cinemas.

Saiba mais sobre os filmes do Festival Varilux de Cinema Francês 

“A Boa Esposa” (La Bonne Épouse), estrelada por Juliette Binoche e dirigida por Martin Provost, aborda a emancipação feminina. Binoche levou mais de 600 mil espectadores aos cinemas na França, após a reabertura das salas de cinema em junho.
Sob direção de Gustave Kervern e Benoît Delépine, “Apagar Histórico” (Effacer l’historique) declara guerra aos gigantes da Internet. “Donas da Bola” (Une Belle Equipe), de Mohamed Hamidi, mostra como o cotidiano de uma pequena cidade pode ser transformado quando um técnico de futebol decide formar um time composto exclusivamente por mulheres.
“Mais que Especiais” (Hors Normes), de Eric Toledano e Olivier Nakache, aborda o cotidiano dois homens que, há mais de 20 anos, trabalham em instituições dedicadas à formação de jovens autistas vindos de bairros problemáticos.
Politicamente incorreta e com ironias cortantes, a comédia “Sou Francês e Preto” (Tout Simplement Noir), dirigida por Jean-Pascal Zadi e John Wax, mistura engajamento político e humor sobre as múltiplas identidades étnicas da França.
Dirigido por Jan Kounen, “Meu Primo” (Mon Cousin) acompanha uma viagem de negócios que deve colocar a paciência de um executivo, à frente de uma grande empresa familiar, à prova quando o mesmo precisa recolher a assinatura de seu primo para fechar um grande negócio.
O longa “Minhas Férias com Patrick” (Antoinette Dans Les Cévennes), de Caroline Vignal, acompanha a saga de Antoinette, que decide seguir seu amante, que viaja em férias na companhia da esposa e filha.

“Minhas férias com Patrick” é um dos filmes inéditos da programação. Foto: Divulgação

“Notre Dame” (Notre Dame), de Valérie Donzelli, satiriza o cotidiano da arquiteta e mãe solteira, Maud Crayon que, graças a um mal-entendido, conquista o grande concurso promovido pela prefeitura de Paris para reformar o pátio da catedral de Notre Dame.
Comédia dramática, “Belle Epoque” (La Belle Époque), de Nicolas Bedos, proporciona ao público um mergulho na viagem de Victor (interpretado pelo carismático Daniel Auteuil), um sexagenário desiludido que vê sua vida ser transformada quando tem a oportunidade de reviver a semana mais marcante de sua vida.
Dirigido por Charlène Favier e com Jérémie Renier, “Slalom” (Slalom) acompanha a história de uma promissora integrante da equipe de esqui de um colégio francês. Ela treina como uma estrela profissional do esporte mas, após acumular conquistas, a jovem começa a ficar abalada com a pressão e o domínio exercido por seu rigoroso treinador.

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“Verão de 85” (Eté 85), cuja direção é assinada por François Ozon, conta com Félix Lefebvre e Benjamin Voisin como protagonista e é baseado no livro do autor britânico Aidan Chambers, “Dance on My Grave”. “DNA” (Adn), de Maïwenn, e com os atores Louis Garrel, Fanny Ardant e Marine Vacth nos papéis principais – ressalta conflitos familiares e de identidade.
“Gagarine” (Gagarine), dirigido por Fanny Liatard e Jérémy Trouilh, traz resistência e engajamento social como temática e conta com as interpretações de Alséni Bathily, Lyna Khoudri e Jamil McCraven nos principais papéis.
O drama “A garota da pulseira” (La fille au bracelet), de Stéphane Demoustier, conta com Chiara Mastroianni (filha de Catherine Deneuve e do ator italiano Marcelo Mastroianni) e Roschdy Zem (ganhador em 2020 do Cesar de melhor ator com “Roubaix, Une Lumière”). Eles são pais de Lisa (papel da estreante Melissa Guers), uma jovem de 18 anos acusada pelo assassinato de sua melhor amiga.
Roschdy Zem também está no triller “Persona Non Grata” (Persona Non Grata), que também dirige, e atua ao lado de Raphaël Personnaz e Nicolas Duvauchelle. Na trama, dois colegas de uma mesma empresa tomam uma decisão radical e decidem contratar um assassino profissional para eliminar o chefe.
O documentário que integra a seleção, “O Capital no Século XXI” (Le capital au xxie siècle), de Justin Pemberton, traz uma reflexão sobre as crescentes desigualdades da atualidade. Adaptado do livro homônimo do economista Thomas Piketty – uma das obras mais importantes dos últimos anos e que vendeu mais de três milhões de cópias em todo mundo – o filme propõe uma viagem através da história moderna de nossas sociedades e contrapõe a riqueza e o poder de um lado e, do outro, o progresso social e as desigualdades. Uma reflexão necessária para compreender o mundo de hoje.
O animado dessa edição é “A famosa invasão dos ursos na Sicília” (La fameuse invasion des ours en Sicile), longa do ilustrador e autor de histórias em quadrinhos Lorenzo Mattotti – baseado na novela de Dino Buzzati. A obra conta com as vozes de Jean-Claude Carrière, Leïla Bekhti e Thomas Bidegain.

Homenagem à Nouvelle Vague

A mostra paralela gratuita terá a exibição de oito filmes de expoentes do movimento Nouvelle Vague, incluindo o clássico desta edição do festival, “Acossado” (A bout de souffle), longa de estreia de Jean-Luc Godard. A obra emblemática que completa 60 anos de seu lançamento e conta com Jean-Paul Belmondo e a atriz norte-americana Jean Seberg nos papéis principais, apresenta o anti-herói Michel Poiccard (Belmondo), um jovem de 26 anos, que rouba um carro, mata um policial e vai para Paris, onde conhece Patricia Franchin (Seberg), uma linda garota americana que vende jornais na Champs-Élysées. Poiccard tenta persuadi-la a fugir com ele para a Itália, sem lhe contar que é um foragido da justiça.
Confira os outros filmes, entre curtas e longa-metragens, da mostra gratuita:
TODOS OS RAPAZES SE CHAMAM PATRICK/Tous les garçons s’appellent Patrick (1959 – 21 min)
De Jean-Luc Godard
Com Anne Collette, Nicole Berger e Jean-Claude Brialy.
As jovens Charlotte e Véronique, universitárias que dividem apartamento em Paris, conversam sobre o rapaz que cada uma conheceu depois de se desencontrarem em um parque. Elas não sabem que se trata do mesmo homem, Patrick.
OS PANTERAS NEGRAS/ Black Panthers (1968 – 28 min)
De Agnès Varda
Curta filmado durante o verão de 1968 em Oakland, Califórnia, durante as reuniões organizadas pelo Partido dos Panteras Negras para libertar Huey Newton, um de seus líderes, e transformar seu julgamento em um debate político.
ASCENSOR PARA O CADAFALSO/Ascenseur pour l’échafaud (1958 – Suspense – 1h28)
De Louis Malle
Com Jeanne Moreau, Maurice Ronet, Georges Poujouly.
Florence e seu amante Julien sonham em ficar juntos e, para isso, armam um plano para matar o marido dela. Julien assassina o homem, forjando um suicídio, e leva suas coisas para o carro. Logo ele percebe que esqueceu o roupão fora da janela e decide voltar para buscá-lo. Preso no elevador, ele lembra vários indícios que podem incriminá-lo.
PARIS NOS PERTENCE/Paris nous appartient (1961 – Suspense – 2h15)
De Jacques Rivette
Com Betty Schneider, Giani Esposito, Françoise Prévost.
Anne Goupil é estudante de literatura na Paris dos anos 50 e integra a um grupo de teatro. É levada por seu irmão mais velho, Pierre, para uma festa de amigos onde encontra com Philip, um americano expatriado fugindo do macartismo e, Gerard, acompanhado pela misteriosa Terry.
CLEO DAS 5 ÀS 7/Cléo de 5 À 7 (1962 – Drama – 1h30)
De Agnès Varda
Com Corinne Marchand, Antoine Bourseiller, Dominique Davray.
Cléo é uma cantora francesa que vive um momento de angústia, enquanto espera o resultado de um importante exame de saúde. Sem saber o que fazer, Cléo perambula pela cidade de Paris, até que conhece um soldado que está prestes a ir para a guerra na Argélia.
O DESPREZO/Le mépris (1963 – Drama – 1h45)
De Jean-Luc Godard
Com Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Fritz Lang.
Na Itália uma equipe grava sob direção de Fritz Lang um filme baseado na Odisseia, de Homero. Camille é casada com Paul, um escritor que foi contratado pelo produtor americano Jeremy para escrever o roteiro por 10 mil dólares. O desprezo de Camille começa quando ela passa a acreditar que o marido tentou vendê-la ao produtor. Uma série de mal-entendidos faz com que a relação do casal vá se fragmentando
OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR/Les parapluies de Cherbourg (1964 – Musical – 1h30)
De Jacques Demy
Com Catherine Deneuve, Nino Castelnuovo, Marc Michel.
Cherbourg, 1957. Guy Foucher é um jovem de 20 anos que foi criado pela madrinha e trabalha como mecânico de carros. Ele é apaixonado por Geneviève Emery, uma adolescente de 17 anos que ajuda sua mãe viúva numa loja de guarda-chuvas. Quando Guy é convocado para o serviço militar, Geneviève descobre estar grávida.

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