Festa com restrições e novo monumento no Hauer marcam homenagens à Santa Rita de Cássia

Santuário Santa Rita de Cássia promoverá tradicionais festividades com adaptações por cauda da pandemia

Mesmo com as restrições para evitar a transmissão da covid-19, os devotos de Rita de Cássia encontraram uma maneira de fazer a tradicional festa do santuário de mesmo nome, localizado no bairro Hauer, em homenagem à santa das causas impossíveis.
As festividades acontecerão entre os dias 13 e 22 de maio, com o tradicional churrasco e venda de bolo apenas por delivery e missas e novenas presenciais com limitação de público e transmitidas pelas redes sociais. Já a missa solene campal e a chuva de pétalas de rosas, que sempre atraíram milhares de visitantes e romeiros de várias cidades e estados do Brasil, foram suspensas para evitar aglomerações (confira a programação com todos os detalhes abaixo).
O ponto alto do evento será no dia 21 de maio, quando o pároco-reitor Carlos Alberto Rodrigues, scj, e o vigário Maicon Frasson inaugurarão um monumento de quatro metros de altura da imagem da padroeira.
Feita em fibra de vidro e resistente ao clima, a estátua foi criada pelo artista plástico Luiz Carlos Brazzale e a equipe da Pietá, uma das maiores fabricantes de artefatos e arte sacra do país, que fica em Londrina-PR e atua há 30 anos no mercado.
“A escultura da santa das causas impossíveis – como Rita de Cássia é conhecida – ficará posicionada bem à frente do santuário. Assim, todas as pessoas que circulam pelas ruas e praça Alfredo Hauer – em frente à igreja – poderão fazer suas orações, pedidos e agradecimentos”, explica o padre Beto, como o reitor é mais conhecido.

Devoção desde o século XIX

A festa em honra à Santa Rita de Cássia é um dos eventos mais tradicionais do bairro Hauer. A devoção à santa está presente desde a chegada dos pioneiros colonizadores da região, em 1863.
Ao longo o ano, a igreja ainda recebe devotos de todo o país. “Muitos fiéis chegam para agradecer a intercessão de Santa Rita de Cássia junto a Deus. E é por isso que a igreja também está sempre florida, especialmente às quintas-feiras, quando temos os dias devocionais e as novenas. As flores representam gratidão”, explica o vigário.

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O local também é conhecido por manter, todas as quintas-feiras, uma novena perpétua em honra à padroeira às 9h, 16h e 19h. As celebrações das 9h e 19h são acompanhadas de missas.
O Santuário Santa Rita de Cássia fica na Rua Padre Dehon, 728 – Hauer. Mais informações no site www.santuariosantaritadecassia.com.br.

PROGRAMAÇÃO DA FESTA DE SANTA RITA DE CÁSSIA

13 a 21 de maio
Horário: 19h
Novenas seguidas de missas presenciais, com limitação de público, que também serão transmitidas pelo Facebook do Santuário
20 a 22 de maio
Horário: durante as missas e novenas
Venda de bolo com imagens em miniatura da santa
21 de maio
Horário: após a novena e missa das 19h
Inauguração do monumento de quatro metros em homenagem à Santa Rita de Cássia
22 de maio
Horários: 7h, 9h, 14h, 16h, 18h e 20h
Missas e novenas presenciais, com limitação de público, que também serão transmitidas pelo Facebook.com/staritactba
Horário: 12h
Apenas a novena, que também será transmitida pelo Facebook.com/staritactba
23 de maio
Horário: a partir das 11h30
Entrega do churrasco de filé ao público, que deverá levar para casa – não será permitido consumo no local
*O churrasco devem ser encomendado antecipadamente pelo telefone (41) 3276-2075, em horário comercial. O custo é R$ 55
 

História de Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia
Segundo o Vaticano, Santa Rita de Cássia é a terceira santa mais popular do mundo. Foto: Artur Morgan

Santa Rita de Cássia nasceu na Itália, em 1381. Seu nome era Margherita, mas ganhou o apelido de Rita com o qual seria conhecida no mundo todo, associado ao título de Santa das Causas Impossíveis.

Sua história de fé começa com um casamento contrariado. Segundo a história, para satisfazer os pais, a jovem casou com um homem temperamental com o qual teve dois filhos. Durante os 18 anos do matrimônio, ela procurou pregar a paz e a harmonia no lar e, à custa de muita oração, abrandou o temperamento forte do esposo chamado de Paulo Ferdinando.
Um dia, entretanto, seu marido foi brutalmente assassinado e jogado à beira de uma estrada. Na intenção de vingar a morte do pai, os dois filhos de Rita juraram fazer o mesmo com seus malfeitores. Para evitar que seus filhos fizessem o mal a terceiros, Rita pediu que Deus os protegesse e, se fosse o caso, levasse suas almas. E foi o que aconteceu. Os dois morreram, vítimas de uma doença sem cura, após perdoarem os criminosos que tanto odiavam.
Abalada com a morte do esposo e dos filhos, Rita desejou recolher-se ao Convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Com espírito fervoroso, rogou aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Acabou ingressando no convento logo depois, onde viveu 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma e associando-se assim a um dos momentos mais fortes da crença católica: a Paixão de Cristo.
Rita morreu em 22 de maio de 1457 e não foi sepultada. Seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transferido para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicada a ela. O seu corpo permanece intacto.
Foi canonizada em 1900 e, desde então, tem milhares de devotos. De acordo com o Vaticano, atualmente ela é considerada como a terceira santa mais popular do mundo.
“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso. Porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”, afirmou o Papa João Paulo II.
 
 
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