Escola de Dança Teatro Guaíra completa 65 anos de coreografias e prêmios

Com mais de 350 prêmios nacionais e internacionais, a escola tem ex-alunos em companhias profissionais no Brasil, Estados Unidos e Europa

Nesta terça-feira, (06/04), a Escola de Dança Teatro Guaíra (EDTG) chega ao 65 anos. Uma das instituições públicas de ensino de balé mais antigas do país, já formou cerca de 15 mil alunos e fez mais mil apresentações em todo o Brasil, incluindo grandes sucessos como “A Bela e Fera”, com mais de 40 mil espectadores, e “Olimpo”, coreografia criada para homenagear os jogos olímpicos.
A EDTG foi o primeiro corpo artístico criado no Teatro Guaíra com a missão de formar bailarinos para o corpo de baile. Em sua história, contabiliza mais de 350 prêmios nacionais e internacionais e tem ex-alunos em companhias profissionais no Brasil, Estados Unidos e Europa.
Grandes nomes da dança nacional já passaram pela escola, como as professoras Yara de Cunto, uma das fundadoras do Balé Teatro Guaíra, Ceci Chaves e Carla Reinecke, além de alunos como Daniel Camargo, indicado ao “Oscar” do balé mundial – o Prix Benois de la Danse, em 2018.
“Temos uma equipe de profissionais extremamente comprometidos com a formação de bailarinos de ponta, mas também de cidadãos conscientes. É um grande exemplo de como a arte gera cidadania”, afirma Monica Rischbieter, diretora-presidente do Teatro Guaíra, que também foi aluna da EDTG nos anos 70.
Para além da dança, a coordenadora da EDTG, Patrícia Otto, observa que o foco também é a formação de cidadãos. “Para nós o fundamental hoje é a contribuição para o cidadão do futuro. A gente sabe que nem todos os nossos alunos serão bailarinos profissionais, mas independentemente das áreas em que estiverem, eles levarão os valores e princípios éticos que aprenderam aqui.”
Com a pandemia da covid-19, a Escola de Dança Teatro Guaíra precisou readequar suas atividades pedagógicas para o ambiente virtual e realizou mais de 900 aulas on-line em 2020. É uma das únicas instituições de ensino de dança a trabalhar de forma ininterrupta no país. As atividades tiveram 28 mil visualizações nas redes sociais e os dançarinos da EDT ainda participaram de quatro festivais e competições nacionais, recebendo mais de 20 prêmios.

Um pouco da história

O Curso de Danças Clássicas do Teatro Guaíra foi criado em 1956 com o objetivo de preparar bailarinos com nível técnico e artístico capazes de formar um corpo de baile para o próprio Teatro Guaíra.

Primeiras alunas da Escola de Dança Teatro Guaíra nos anos 50. Foto: Reprodução/Site Teatro Guaíra

Em 1957, iniciaram as atividades de estruturação do curso sob a coordenação do professor Aroldo Moraes. No fim dos anos 60, o Curso de Dança foi ampliado com a criação de 12 níveis, incluindo aulas de História da Dança e História da Música. Ao final de cada ano ocorriam apresentações no Guairinha.
Nos anos 80, o curso foi reestruturado com a inclusão de aulas de Dança Contemporânea na grade curricular, visando à futura regulamentação do curso. No mesmo ano, alunos participam das montagens de “Petrushka” e “O Quebra-Nozes”, ambas de Carlos Trincheiras, com o Balé Teatro Guaíra.

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Em 1983, Carla Reinecke assume a coordenação da escola e cria o Projeto Pré-Profissional, o que levou os alunos a participarem de mostras e festivais, além de circular com espetáculos pelo Paraná e estados vizinhos. Em 1997, o Projeto Dança Masculina é lançado.
Já nos anos 2000, alunos da escola foram levados a Nova York e contemplados com bolsas de estudo no 5th Youth American Grand Prix. Em 2006, a escola comemorou 50 anos com o espetáculo “Fatos e Fotos” e o lançamento do livro “Escola de Dança do Teatro Guaíra – 50 anos de Arte e Cidadania”.
Em 2013, comemorando 30 anos do Projeto Pré-Profissional, esse grupo é unido ao Grupo Juvenil que forma a Companhia Jovem Teatro Guaíra. Em 2016, a EDTG apresenta “A Bela e a Fera”, um dos maiores sucessos de sua história, para celebrar 60 anos de existência. Foram mais de 40 mil espectadores naquele ano.
 
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