Diretor artístico da Filarmônica da UFPR participa de composição mundial sobre a pandemia

Obra musical sobre a pandemia reúne seis compositores mundiais. Harry Crowl, da Filarmônica da UFPR, é o representante da América do Sul

Harry Crowl Filarmônica da UFPR
O compositor Harry Crowl é o único representante da América do Sul em uma composição internacional. Foto: Sandro Luís Fernandes/Divulgação UFPR

O diretor artístico da Orquestra Filarmônica da UFPR, Harry Crowl, foi escolhido para ser o representante da América do Sul em um projeto internacional para a composição de uma obra sobre a pandemia do novo coronavírus. O convite foi feito pelo diretor musical de Universidade de Tübingen, na Alemanha, Philipp Amelung, depois de encontrar obras de Crowl em plataformas digitiais.
A obra ainda tem a participação de outros cinco compositores de continentes atingidos pela pandemia: Ásia, Europa, África, América do Norte e Oceania. A inspiração veio de  “Requiém da Reconciliação”, executado em 1996, um projeto colaborativo em memória dos 50 anos do final da Segunda Guerra Mundial, que reuniu compositores dos países envolvidos no conflito.

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A partir de um motivo musical de cinco notas, o regente alemão solicitou peças nos idiomas nativos de cada compositor. O diretor artístico da Filarmônica da UFPR conta que seu trabalho é um quarteto de cordas com coro, dentro de uma cantata. Acostumado a se isolar para compor, Harry extraiu de trechos de textos que circularam na imprensa e de falas do presidente Jair Bolsonaro os versos da sua composição. Além disso, também viu a chance de reverenciar uma poetisa brasileira pouco conhecida, cuja história dramática o surpreendeu, Laura Brandão (1891-1942). No poema “Céu”, viu uma conexão entre as dores da artista e o momento presente.
O trabalho de Harry, uma partitura que será executada em português pelos músicos do coro e quarteto de cordas alemães, terá cerca de 15 minutos e nasce alinhado à trajetória artística do compositor, que recorrentemente investe em temáticas sociais para se expressar. “Sempre fui muito envolvido artisticamente com grandes questões atuais e polêmicas, como o assassinato da vereadora Marielle Franco e o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Creio que chegaram ao meu nome também por isso”, conta.
A obra será executada na ordem de disseminação da pandemia – começando pela composição da China, passando pela Europa, América do Norte, América do Sul, África e Oceania. A divulgação acontece no no dia 15 de novembro, com o título ” Shadow and Hope”, que em português significa “Sombra e Esperança”.
Você encontra mais informação sobre o trabalho da Orquestra Filarmônica da UFPR no Facebook e Instagram.
 
 
 
 
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