Como seria a sociedade se as mulheres estivessem no governo desde sempre?

Espetáculo virtual gratuito debate os diferentes aspectos e papel da mulher em nosso país

Camile Triska
Oito mulheres se reúnem por meio de uma videoconferência para ocupar um país. Assim começa a história do espetáculo virtual gratuito “A Revolução das Mulheres”, que discute como seria a sociedade somente com líderes femininas. As transmissões acontecem até o dia 25 de abril, sempre às 20h, pela plataforma Zoom. Para assistir, basta entrar AQUI e acessar com a senha 950897.
Realizado pela Pé no Palco em parceria com a SIM Companhia de Teatro, o espetáculo é baseado nas obras “A Greve do Sexo” e “A Revolução das Mulheres”, do dramaturgo grego Aristófanes. “Extraímos dessas obras gregas suas protagonistas Lisístrata e Valentina, duas líderes que artimanham aqui, na nossa dramaturgia, a revolução através de uma videoconferência. Com elas vieram também outras personagens importantes de Aristófanes: Brigolina, Populária, Cleonice, Reformilde, entre outras”, explica Jordana Botelho, atriz que fez a adaptação das obras junto com Vanessa Corina, que também é diretora da peça.
Embora sejam obras antigas, o texto criado para a peça buscou fazer uma conexão com a realidade atual do Brasil. “Cada uma dessas mulheres assume no espetáculo uma missão de revelar, denunciar diferentes aspectos da mulher e do feminino hoje em nosso país. A história é cíclica! E as obras de Aristófanes foram um ótimo pretexto para falarmos sobre tudo o que nos inquieta enquanto mulheres e artistas nesse Brasil de 2021”, comenta a atriz.

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O elenco é formado pela própria Jordana, Alini Maria, Fabiene, Talyssa Mendes, Bruna Felizari, Aline Navarro e João Merlin, com os convidados Erta Ale e Pedro Bonacin, além de Fátima Ortiz, que completa 50 anos de atuação no teatro.
Criadora e diretora artística do Pé no Palco, Ortiz é diretora teatral, dramaturga, atriz, arte educadora, diretora de produção e mestra em Teoria Literária. É uma das mais premiadas diretoras de teatro de Curitiba e já foi premiada três vezes no edital Oraci Gemba da Fundação Cultural de Curitiba.
Mais informações sobre o espetáculo no Instagram @simcompanhiadeteatro.
 
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