Cinematerapia: Jojo Rabbit

Jojo, um menino que idolatra nazistas, descobre que eles podem não ser tão bons depois que faz amizade com uma judia

Flávio Jayme
Jojo Rabbit é um dos filmes mais incríveis produzidos nos últimos tempos e, desde que assisti em 2019, passou a fazer parte da minha lista de preferidos. Da mesma forma, é um dos que têm a premissa mais insana: na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, um garoto cresce tendo os nazistas como ídolos. Ele quer ser como eles e “matar os malvados judeus”. Sua idolatria é tanta que o próprio Hitler é seu amigo imaginário.
Longe de ser controverso, Jojo Rabbit é uma fantasia sobre como nossas crenças podem limitar a nossa forma de ver o mundo. Tudo o que o pequeno Jojo conhece é aquele universo onde judeus são maus e nazistas são os heróis que livram o mundo desses monstros que devoram criancinhas. É o que ele conhece e é o que ele almeja.
Quando Jojo descobre uma garota judia escondida em sua casa, vai começar a perceber que aquela verdade que ele tanto confia pode não ser exatamente uma verdade.
Escrito, dirigido e estrelado pelo cineasta neozelandês Taika Waititi (como um Hitler afetado e caricato), o longa venceu o Oscar de melhor roteiro original e, além de emocionar com uma história maravilhosa sobre descobrir o mundo e ser obrigado a crescer, nos deixa a pergunta: será que nós, assim como Jojo, acreditamos em “verdades” que limitam a nossa visão de mundo? O que será que você acredita tanto a ponto de te cegar para outra forma de enxergar a vida?
Jojo Rabbit ainda tem no elenco Scarlett Johansson e Sam Rockwell e está disponível no Telecine Play e no NOW.
https://www.instagram.com/tv/CNcy7D3pelh/
 


Flávio Jayme é terapeuta e jornalista – do site Pausa Dramática e do perfil @terapeuta.flaviojayme

 
 
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