Brasil perde Jô Soares aos 84 anos

Jô Soares estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Causa da morte não foi divulgada. Funeral será fechado aos amigos e familiares.

Jô Soares morre aos 84 anos - Foto: Divulgação TV Globo
Jô Soares morre aos 84 anos – Foto: Divulgação TV Globo

Jô Soares faleceu na madrugada desta sexta-feira (5) aos 84 anos. Sua ex-mulher Flavia Pedras confirmou a informação nas redes sociais. Ele estava hospitalizado desde 28 de julho e morreu às 2h20, informou o hospital em comunicado.

José Eugenio Soares era conhecido como Zezinho quando criança. Sua aspiração de infância era se tornar um diplomata. Filho do empresário paraibano Orlando Soares e de Mercedes Leal, nasceu no Rio de Janeiro e frequentou o tradicional Colégio de São Bento.

Jô estreou na televisão em 1958, na TV Rio, como redator e às vezes como ator, nos programas Noite de Gala e TV Mistério. Ele também trabalhou para a TV Continental, escrevendo e atuando em programas de comédia. Em 1959 apresentou “Jô, o Repórter” e “Entrevistas Absurdas”.

Em 1970 começou na TV Globo, onde escreveu e apareceu nos programas humorísticos Faça Humor Não Faça a Guerra, Satiricon, O Planeta dos Homens e Viva o Gordo.

Trabalhou também no SBT com o programa de entrevistas, Jô Onze e Meia e retornou para a TV Globo no ano 2000, apresentando o Programa do Jô.

Jô Soares morre aos 84 anos - Foto: Divulgação TV Globo
Jô Soares morre aos 84 anos – Foto: Divulgação TV Globo

OUTROS TALENTOS
Como escritor, Jô Soares escreveu os livros O Astronauta Sem Regime (1985), Humor Nos Tempos do Collor (1992), A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994), O Xangô de Baker Street (1995), O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998), Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005) e As Esganadas (2011). Também lançou em 2021 sua autobiografia – Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada, em dois volumes.

Jô também apareceu em mais de 20 filmes, mais recentemente Giovanni Improtta, em 2013.

No teatro dirige peças como Atreva-se, Às favas com os escrúpulos, Três dias de chuva, O eclipse, Caros ouvintes e O Libertino, trabalhando com nomes como Bibi Ferreira, Adriane Galisteu, Jandira Martini, Cássio Scapin e Bárbara Paz.

Em 2011, recebeu o título de Professor Honoris Causa pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, concedido a professores, intelectuais, público ou cientistas não vinculados à instituição, mas que atuam na área do conhecimento.

O site Curitiba de Graça se solidariza com os amigos e familiares.