O Lian Gong previne e trata dores no corpo e harmoniza órgãos internos
O aposentado Pedro Antonio Sis, 77 anos, voltou a se equilibrar em um pé só para calçar o sapato. Uma pequena conquista, mas muito comemorada, alcançada em três semanas frequentando as sessões de Lian Gong na Unidade de Saúde Érico Veríssimo, no Alto Boqueirão.
Ele e outras 15 pessoas aceitaram o convite da fisioterapeuta da unidade, Lilian Faller Santos, que desde a metade de junho passou a ministrar gratuitamente as aulas da técnica chinesa.
Uma vez por semana, ela orienta exercícios de alongamento, equilíbrio, reeducação postural, coordenação motora que podem ser praticados por pessoas de todas as faixas etárias e que movimentam o corpo todo. “É muito bom. Estou gostando muito. Cada um faz de acordo com sua capacidade e já consegui fazer coisas que já não conseguia mais”, conta Antonio Sis.
A fisioterapeuta explica que muitos dos usuários vão à Unidade de Saúde com queixas de dores articulares e a causa é a falta de movimentar o corpo. “Por isso, pensamos em ofertar uma atividade em que possam ter essa prática”, fala.
A aula é às segundas-feiras, das 13h30 às 14h, na quadra ao lado da Unidade e não é necessário inscrição prévia. As sessões só não são realizadas em dias de chuva.
Tratar dores e harmonizar o corpo
O Lian Gong foi desenvolvido por ortopedistas chineses na década de 1970, com séries de movimentos inspirados em lutas e que movem o corpo todo: a cabeça, membros superiores, tronco e membros inferiores. Tem como objetivo prevenir e tratar dores no corpo e harmonizar órgãos internos.
“Oferecemos o Lian Gong para trabalhar a mobilidade do corpo todo, para a promoção da saúde. Fazemos as aulas ao ar livre, aberta a todos e não como um tratamento específico”, explica Lilian.
“É meia hora que faz a diferença”, diz a cozinheira Roseli de Fátima Ribeiro, 56 anos. Ela faz acompanhamento no posto de saúde para dores da fibromialgia e nervo ciático, trata a diabetes e depressão e conta que encontrou na prática mais uma possibilidade de melhora.
O aposentado Horides de Ramos, 83 anos, mora em frente à quadra, experimentou o Lian Gong e gostou. “Quero continuar. É uma atividade que é fácil de praticar e alivia as dores”, fala ele, que caminha diariamente e utiliza a academia ao ar livre da região.