Exposição fica em cartaz no Museu Oscar Niemeyer até o dia 4 de julho
Monte Fuji, dia em que os espíritos retornam às suas casas, mergulho em um mar congelado… Essas e outras particularidades do Japão podem ser conhecidas na exposição “Japonésia”, do fotógrafo Naoki Ishikawa, que fica em cartaz no Museu Oscar Niemeyer (MON) até o dia 4 de julho.
Fruto de uma parceria inédita entre o museu e a Japan House São Paulo, a exposição reúne 74 fotografias do artista feitas durante várias expedições e viagens ao longo da última década, revelando a diversidade de paisagens, costumes e culturas da região.
Confira cinco curiosidades sobre o Japão que podem ser vistas em “Japonésia”
1. O Monte Fuji por vários ângulos
A reverência à natureza é uma das marcas da cultura japonesa. O Monte Fuji é um dos símbolos mais populares e ponto mais alto do Japão. Com 3.776 metros de altitude, é um vulcão adormecido na ilha de Honshu, a maior do país, e fica a cerca de 100 km a sudoeste de Tóquio.
As fotografias de Naoki, que mostram seu olhar sobre a montanha, são frutos de escaladas que realizou em 2008. O artista descreve o Monte Fuji como um “goshintai”, que tem como significado “altar”, pois é compreendido também como sendo um deus ele mesmo. A cratera é a parte mais importante da montanha, sendo possível dar uma volta ao seu redor andando na beirada, onde tem um torii, o tradicional portal japonês.
2. Obon, a data em que os espíritos voltam para a casa
Para os japoneses, o Obon é considerado um período em que os espíritos e seus ancestrais retornam para suas casas. Em 2018, Ishikawa registrou duas imagens que revelam curiosidades sobre essa data.
A primeira, tirada na ilha Kuchino, na província de Kagoshima, que mostra um ritual que acontece nesse período, uma espécie de bon-odori, festival de dança tradicional de finados. Já a segunda é um túmulo da ilha de Akuseki, no arquipélago Tokara (Tokara-retto) que estava com um adorno de bambu em formato de torii, uma simbologia para receber os espíritos.
3. Mergulho impermeável para sentir o inverno de Shiretoko
Em Hokkaido, na península Shiretoko, uma atividade bastante popular é fazer uma caminhada no gelo à deriva, chamada “Ryusui Walk”. No verão, a região é formada por mar, mas no inverno é possível caminhar no gelo que vem da Rússia. Os participantes usam roupa de mergulho impermeável e caem entre o gelo de propósito para sentir o inverno profundo.
4. Oração pela boa colheita
Todo ano no Japão acontece um ritual tradicional para orar pela boa colheita chamado “Kitsugan-san”, na Ilha de Kohama. O registro de Naoki mostra meninas durante uma dança tradicional, que é considerada como parte da oferenda.
5. As belezas naturais escondidas
Naoki registrou mais uma das belezas do arquipélago por meio de um diferente ângulo. É o chamado “pot hole”, uma cavidade circular formada devido ao fluxo de água na rocha. O buraco fica cada vez maior e profundo com o passar do tempo. A foto é da formação na praia do arquipélago Tokara.
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O Museu Oscar Niemeyer abre das 10h às 18h, de segunda a sábado – mas o funcionamento está sujeito a decretos vigentes na cidade e pode ser fechado em casos de mudanças em restrições.
Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria ou no site www.museuoscarniemeyer.com.br, onde também estão explicados todos os protocolos de segurança seguidos no espaço, como limitação de público e uso obrigatório de máscaras por causa da pandemia da covid-19.
O endereço é Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações no Facebook, no Instagram ou no museuoscarniemeyer.org.br/mon/monemcasa, onde também são disponibilizadas diversas atividades virtuais.
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