Novas exposições estavam programadas para o primeiro semestre, mas precisaram ser adiadas devido à pandemia
Neste sábado (31/10) o Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugura duas exposições: “A Violência sob a Delicadeza”, da artista visual Vera Martins, e “Gente no MON”, do fotógrafo Dico Kremer. Na reabertura do espaço, que há duas semanas, outra exposição já havia estreado, a “Espécies Raras”, do artista britânico Tony Cragg.
“Várias outras exposições serão inauguradas ao longo das próximas semanas”, explica a diretora-presidente do Museu, Juliana Vosnika. São mostras que estavam programadas para o primeiro semestre deste ano, quando o MON precisou fechar temporariamente as suas portas devido à pandemia.
Realização do próprio museu, com curadoria do professor Fernando Bini, a mostra “Gente no MON”, do fotógrafo Dico Kremer, poderá ser vista na Sala 7. Ela traz 84 fotos selecionadas entre mais de 5 mil imagens de visitantes anônimos do MON entre março de 2016 e novembro de 2019. A exposição revela flagrantes como a impressão de alguém ao apreciar determinada obra de arte, que foram eternizados pela câmera do fotógrafo.
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Com mais de 50 anos de fotografia, Dico Kremer pode ser considerado um observador nato de pessoas. Sempre atento às artes, ele conta que, nos muitos anos em que viveu na Europa, foi frequentador assíduo dos principais museus de vários países e sentiu despertar o interesse pela reação dos visitantes às obras. “Teve início aí a concepção da mostra que foi concretizada pelo MON”, afirma.
Violência e delicadeza
Já a exposição “A Violência sob a Delicadeza”, da artista visual Vera Martins, apresenta 46 obras, entre telas e instalações, e estará em cartaz na Sala 2. A exposição tem o apoio da Fundação Pollock-Krasner.
Segundo a diretora-presidente do MON, nada no trabalho de Vera Martins é óbvio, desde os materiais que utiliza até os processos de execução, sua inspiração é resultante de um perspicaz olhar sobre a natureza humana, sentimentos e sensações.
“Há sempre uma mensagem forte e um sentir profundamente feminino que transforma angústias, percepções e reflexões em arte. A violência sob a delicadeza da artista é poesia pura, traduzida aqui em instalações, objetos e pinturas que o MON traz ao seu público nesta exposição”, aponta.
As obras foram criadas antes da pandemia, mas o processo da mostra aconteceu durante a quarentena. “Nesse período, tivemos que lidar com outros temas correlatos, como: a iminência da morte, a clausura, o medo da solidão, o valor da vida e a própria relação do ser humano com o tempo. Tudo isso está presente nas obras selecionadas”, afirmam os curadores Agnaldo Farias e Jhon Voese.
Além dessas novas mostras, ainda estão em cartaz “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses – Segunda Edição”; “O Mundo Mágico dos Ningyos”; “Luz ≅ Matéria”; “África, Mãe de Todos Nós”; “Museu em Construção”; “Espaço Niemeyer”; “Cones” e obras do Pátio das Esculturas.
O horário de funcionamento do Museu Oscar Niemeyer é das 10h às 18h, de terça a domingo. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e podem ser adquiridos tanto na bilheteria quanto no site www.museuoscarniemeyer.com.br.
Devido à pandemia, o local segue protocolos de segurança, como limitação de público e uso obrigatório de máscaras. Todas as medidas estão disponíveis no site do museu.
O endereço é Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações no Facebook, Instagram e no hotsite museuoscarniemeyer.org.br/mon/monemcasa, onde estão sendo disponibilizadas diversas atividades virtuais.