Mulheres estão vivendo mais devido aos avanços médicos, políticas de saúde e mudanças no estilo de vida. No Brasil, a média de vida feminina cresceu para 79,7 anos, refletindo a importância da prevenção e dos cuidados com a saúde.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, traz uma estatística animadora: as mulheres estão vivendo mais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida feminina no Brasil alcançou 79,7 anos em 2023, representando um aumento de 10,5 meses em relação ao ano anterior. No cenário global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a média de vida das mulheres era de 74 anos em 2016. Mas o que impulsiona esse crescimento?

Especialistas indicam que três fatores principais explicam esse aumento na longevidade: os avanços da medicina, as políticas públicas voltadas à saúde feminina e a adoção de hábitos mais saudáveis. O médico ginecologista e obstetra Dr. Alexandre Rossi, especialista do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e colaborador da Faculdade de Medicina da USP, destaca que os progressos no diagnóstico precoce de doenças desempenham um papel essencial.
O papel da medicina na longevidade
Os avanços tecnológicos no setor médico contribuíram significativamente para o aumento da expectativa de vida das mulheres. Exames como mamografia digital e ressonância magnética permitem a detecção precoce de doenças como câncer de mama e ovário, possibilitando tratamentos mais eficazes e reduzindo a mortalidade.
Além disso, a ampliação do acesso a vacinas e exames preventivos foi determinante para a longevidade feminina. Campanhas como a vacinação contra o HPV e a realização periódica do exame de Papanicolau ajudaram a reduzir a incidência de câncer do colo do útero no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, iniciativas como o Outubro Rosa aumentaram a adesão a exames preventivos, permitindo diagnósticos mais precoces e eficazes.

A importância do estilo de vida saudável
A longevidade feminina também está associada à adoção de hábitos saudáveis. A prática regular de atividades físicas reduz o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e obesidade. A alimentação balanceada, rica em fibras, proteínas e gorduras saudáveis, fortalece o sistema imunológico e previne doenças metabólicas. Além disso, manter uma rotina de sono adequado e reduzir o estresse são práticas que contribuem para um envelhecimento mais saudável.
Prevenção e cuidados por faixa etária
O aumento da expectativa de vida também traz desafios, como a maior incidência de doenças crônicas. Para garantir uma vida longa e saudável, é essencial que as mulheres adotem medidas preventivas em cada fase da vida:
- 9 a 14 anos: vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual.
- 15 a 20 anos: início do acompanhamento ginecológico e orientação sobre saúde sexual e reprodutiva.
- 20 a 30 anos: realização anual do exame de Papanicolau e discussões sobre planejamento familiar.
- 35 a 49 anos: exames preventivos para detectar doenças e monitoramento das mudanças hormonais.
- 45 a 55 anos: acompanhamento da menopausa, prevenção da osteoporose e cuidados cardiovasculares.

Um futuro com mais qualidade de vida
Mulheres estão vivendo mais, mas a longevidade deve estar associada a uma boa qualidade de vida. Manter consultas médicas regulares, praticar exercícios físicos e seguir uma alimentação equilibrada são atitudes essenciais para um envelhecimento saudável. Além disso, a conscientização sobre a importância da prevenção e dos cuidados médicos é fundamental para garantir que essa conquista da longevidade seja acompanhada de bem-estar e autonomia.
Neste Dia Internacional da Mulher, o destaque vai para a importância do autocuidado. Mulheres estão vivendo mais no Brasil, e essa conquista reforça a necessidade de escolhas saudáveis para um futuro com mais qualidade de vida.