Neurocientista Alysson Muotri falará sobre um estudo que está realizando com o canabidiol para o tratamento do autismo
Para falar uma pesquisa sobre tratamento do autismo e também da Síndrome do X Frágil, assim como uma possível cura para essas condições, o Instituto Lico Kaesemodel, realiza na próxima sexta-feira (24/07), às 20h, uma live com o neurocientista brasileiro e pesquisador da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA), Alysson Muotri.
A transmissão gratuita será no Instagram do Projeto Eu Digo X (@projetoeudigox). Durante a live, o Dr. Alysson Muotri também responderá algumas dúvidas, que devem ser enviadas para o e-mail contato@institutolk.org.br.
Entre os assuntos que serão abordados, está um recente estudo em que o pesquisador está recrutando crianças elegíveis, entre 7 e 14 anos, para ensaio clínico de Fase III, que busca determinar se o canabidiol (CBD) reduz problemas graves de comportamento em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segunto Muotri, esse é o primeiro ensaio clínico prospectivo para testar a eficácia do CBD em autistas severos.
Para o Instituto Lico Kaesemodel a possibilidade de realizar uma live com o Dr. Alysson Muotri é uma grande oportunidade de aprendizado, não apenas para os profissionais, mas principalmente para as famílias que buscam informações, estudos e dados para entender um pouco mais do universo que vivem diariamente. “É uma grande oportunidade dos familiares e profissionais conhecerem experiências e conhecerem a respeito dos estudos que estão em andamento no mundo”, salienta Luz María Romero, gestora do Instituto Lico Kaesemodel.
Autismo no Brasil
Não se sabe ao certo o número brasileiros com Transtorno do Espectro Autista. Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil ocorrências só no Estado de São Paulo. Contudo, apesar de numerosos, os milhões de brasileiros autistas ainda sofrem para encontrar tratamento adequado.
VEJA TAMBÉM: Como manter a rotina de alimentação das crianças durante o isolamento social
Esses números passam a ser mais desconhecidos ainda quando falamos da Síndrome do X Frágil, uma condição genética correlata ao autismo. Como a Síndrome do X Frágil apresenta muitos sintomas e sinais diferenciados, acaba dificultando a definição do quadro clínico. Por essa razão, muitos são diagnosticados com Autismo, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade), Síndrome de Asperger entre outros.
A Síndrome do X Frágil é uma condição hereditária que causa deficiência intelectual de graus variáveis e pode ter sinais comportamentais semelhantes ao do Transtorno do Especto Autista. “Hoje sabemos que em torno de 40 a 60% dos pacientes com X Frágil também são autistas. Nesses casos, normalmente são pessoas com quadro clínico mais acentuado”, explica Luz María Romero.
Apoie os pequenos negócios!
Acesse a Rede do Bem e confira os pequenos empresários e comércios que estão trabalhando para deixar sua vida mais confortável!