Exposição asiática no Museu Oscar Niemeyer tem renovação de obras

A segunda edição da exposição asiática no Museu Oscar Niemeyer abre nesta quinta (20/02)

Exposição asiática no Museu Oscar Niemeyer
Exposição asiática no Museu Oscar Niemeyer é reinaugurada com novas obras. Foto: Divulgação

A partir desta quinta-feira (20/02), a exposição asiática no Museu Oscar Niemeyer (MON) será reaberta para a sua segunda edição. A mostra “Ásia: a terra, os homens, os deuses”, que foi naugurada em março de 2018, teve uma renovação de cerca de 50% das obras e foi dividida por núcleos de regiões e civilizações, tornando-se mais didática.
“O público conseguirá visualizar melhor como era uma pequena casa no Japão ou o gabinete de um mandarim literato na China do século 17, por exemplo”, afirma o embaixador Fausto Godoy, que há dois anos doou ao MON uma coleção de quase 3 mil peças de arte asiáticas reunidas por ele ao longo de sua carreira diplomática, oriundas de países como China, Japão, Índia, Paquistão, Butão, Irã, Afeganistão e Myanmar.
Ele explica que a principal diferença entre as duas montagens da exposição é que essa segunda edição apresenta uma seleção regional e temática. “Com essa releitura, mostramos a grande variedade da coleção”, comenta. Godoy afirma ainda que o conceito utilizado para o atual recorte transforma a segunda edição numa nova exposição.
Segundo o embaixador, a temática da primeira montagem da exposição era mais diversificada. A opção agora foi dividir em núcleos, o que permite focar em determinadas áreas geográficas ou civilizações e ter uma leitura mais harmônica. O núcleo islâmico, que compreende peças da Índia, Paquistão e Afeganistão, está concentrado numa única vitrine. Outros núcleos apresentados separadamente são o chinês, o japonês e o indiano, além de uma vitrine dedicada à Ásia Central e ao planalto tibetano.
Após essa renovação, a exposição apresenta vários novos destaques. Um deles é o recipiente para pincéis (Bitong) da Dinastia Ming (1368-1644). Outro ponto alto da nova edição da exposição é a cama com dossel feita com madeira jacarandá, do século 18, da região de Hyderabad, na Índia. “Na cabeceira da cama tem a representação da árvore da vida, que é um símbolo muçulmano muito forte, e o lado oposto é inspirado nos bilros portugueses”, comenta Godoy.
Na primeira sala, o público poderá também ver de perto pequenos unguentários de vidro do século 1 a.C. “São peças raras, com pouquíssimos exemplares em exibição no mundo e que mostram a influência grega e romana naquela região, naquele período da história da humanidade”, conta o embaixador.
Ele também destaca gravuras, papéis e tapetes criados em diferentes tempos de guerras da humanidade, dispostos numa sala específica da mostra, chamada por Godoy de “Arte e Política”. São obras como xilogravuras da Revolução Cultural da China, desenhos e pôsteres da Guerra do Vietnã e tapetes da Guerra do Afeganistão feitos por crianças. “Ao contrário de serem uma elegia à guerra, essas obras nos mostram uma visão profunda da humanidade”, explica.
Mais informações no site www.museuoscarniemeyer.org.br, na página do Facebook ou no perfil do Instagram.
Serviço: Abertura da segunda edição da exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”
Reabertura para o público: 20 de fevereiro
Período expositivo: indeterminado
Horário de visitação: 10h às 18h, terça a domingo
Local: Museu Oscar Niemeyer | Rua Marechal Hermes, 999 – Centro
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Crianças com menos de 12 anos e idosos com mais de 60 anos não pagam ingresso. Nas quartas-feiras, a entrada é gratuita para todo o público