Bibliotecas solidárias são transformadas centros culturais para incentivar a leitura

Projeto Bibliotecarte reformará oito bibliotecas sociais nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo

Transformar bibliotecas em centros culturais capazes de atrair crianças e jovens socialmente vulneráveis. Com esse objetivo nasceu o Bibliotecarte, um projeto da Montenegro Produções que reformará oito bibliotecas sociais nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, localizadas em escolas de educação básica filantrópicas, mantidas pelo Grupo Marista, atingindo mais de 50 mil pessoas.
As bibliotecas já tiveram o acervo ampliado com a aquisição de 4.000 livros e de mais de 80 equipamentos digitais. Já a primeira obra é na biblioteca do Colégio Imaculada Conceição em Curitiba, que realiza mais de 900 atendimentos a partir das famílias e comunidade do entorno, por mês, sendo 110 famílias atendidas abaixo da linha da pobreza com per capita mensal inferior a R$ 498 e 37 famílias abaixo da linha da extrema pobreza com per capita mensal inferior a R$ 172.
A biblioteca está recebendo uma ambientação estética, criando novos espaços de convivência e integração. A programação cultural, que será adaptada para o formato on-line durante a pandemia, traz conteúdos de estímulo à leitura, divulgação de obras, autores e ilustradores, como: contações de histórias, entrevistas com escritores e rodas de leitura.

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O projeto arquitetônico, assinado pela arquiteta Nonnie Fenianos, contempla criação de novos mobiliários, restauração de peças antigas e intervenções de arte. A concepção foi estruturada com base em pesquisas e referências de espaços colaborativos, que utilizam cores, formas e materiais como referenciais de estímulo da criatividade e produtividade.
“O incentivo à leitura envolve muitos itens desde psicológicos até físicos, e a arquitetura pode sim através de um bom projeto unir essas duas coisas e tornar o incentivo a leitura algo cultural, interessante se trazer nesse espaço algo que convide por si só”, explica a arquiteta.

Projeto também tem intervenção artística baseada nas obras de Henri Matisse. Foto: Lucas Costa

Dessa forma, o objetivo é ampliar o propósito básico do projeto, promovendo ações de incentivo à leitura em ambientes cuja estética garanta acessibilidade e represente mais uma linguagem artística projetada. “A entrega de um projeto só é efetiva quando cumprimos os objetivos que garantem sua sustentabilidade mesmo após a execução. A nova ambientação das bibliotecas representa a conclusão de um trabalho que integra cultura, educação e ação social”, enfatiza Carolina.
A artista visual Veronica Fukuda é quem assina a intervenção artística na biblioteca e usou como referencial criativo as obras de Henri Matisse. “Matisse buscava sempre manter o equilíbrio entre a tranquilidade e a vivacidade do seu trabalho e minha admiração por esse artista foi o ponto de partida da criação desse projeto”, destaca.
O Bibliotecarte é um projeto com captação de 100% dos recursos junto à iniciativa privada e pessoas físicas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
 
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