Aves do Paraná são retratadas em novo livro do fotógrafo Marcelo Krause

Livro mostra mais de 160 aves, com informações sobre as espécies e história da Ornitologia no estado

Para os amantes das fotografias da natureza ou pesquisadores de Ornitologia (ramo da Zoologia que estuda as aves), o premiado fotógrafo curitibano Marcelo Krause acaba de lançar o livro “Aves do Paraná II”, que retrata as espécies em seus ambientes naturais e hábitos muitas vezes desconhecidos pelo homem.
Segundo volume da série de mesmo nome, a obra tem edição bilíngue (português e inglês), com textos do biólogo e ornitólogo Fernando Costa Straube, que apresenta informações sobre cada espécie e o desenvolvimento da Ornitologia no estado, destacando os principais pesquisadores. “Se no primeiro volume apresentamos uma descrição dos biomas e geografia do Estado, neste atual procuramos abordar a história da ornitologia no Paraná”, explica Straube.
O livro começa com citação ao alemão Hans Staden, que esteve em nosso litoral em 1550, além de mencionar os integrantes da famosa expedição Langsdorff (1824 a 1829), cujo legado encontra-se ainda praticamente intacto e sem estudos nos museus russos, até chegar ao naturalista polaco Tadeusz Chrostowski, que em 1912 apresentou na Sociedade Científica de Varsóvia o estudo intitulado “Coleção ornitológica paranaense” – não por acaso, Tadeusz é considerado o “Patrono da Ornitologia Paranaense”.

Mais de 160 espécies de aves de todas as regiões do estado estão registradas no livro. Foto: Divulgação

Estima-se que quase 770 espécies de aves podem ser encontradas no estado do Paraná, o que representaria mais de 40% dessa fauna em todo o Brasil. São poucas as unidades de federação que possuem uma avifauna tão diversa e rica, o que pode ser explicado pela expressiva variedade de habitats naturais no Paraná.
Mais de 160 espécies de aves de todas as regiões do estado estão registradas no livro. Entre elas, está a “Maria catarinense”, um pequeno pássaro que é encontrado numa restrita área do litoral Sul do Brasil, mais especificamente na divisa do Paraná com Santa Catarina, e o “Uru”, uma ave emblemática, típica das matas mais preservadas, em especial aquelas que sofreram pouca intervenção humana, conhecido por sua gritaria alta e cacarejada que se espalha por grandes distâncias.

Fotografias que levam horas para serem feitas

Fotógrafo profissional especializado em fotografia submarina e da natureza, Marcelo Krause escreveu inúmeros artigos para publicações e sites do Brasil e do exterior. A paixão pela observação e registro de imagens de aves surgiu em 2005 quando ele produzia material para a publicação de um livro sobre o Pantanal.

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“Depois do contato com a avifauna do Pantanal eu me encantei pela fotografia de aves, um trabalho que nem sempre é muito fácil. Além de equipamento especial, é uma atividade que envolve muita paciência. Às vezes são necessários vários dias observando, camuflado, até que se consiga a foto ideal”, conta Marcelo. Foi o caso, por exemplo, da fotografia do Jaó-do-Sul, uma ave que passa grande parte do dia no chão da floresta, e é bastante aversa a barulhos e contato com humanos. “Passei cerca de 8 horas quase sem me mexer em uma tenda camuflada, perto de onde os pássaros vinham se alimentar”, completa o fotógrafo.”
O livro “Aves do Paraná II” está à venda no site www.underwater.com.br. Mais informações sobre o trabalho do fotógrafo Marcelo Krause podem ser encontradas no site www.marcelokrause.com.
 
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