Audiolivros se mostram como uma tendência em crescimento no mercado brasileiro e isso é uma boa notícia
Eduardo Villela
Os audiolivros, também conhecidos por audiobooks, mostram ser uma tendência em crescimento no Brasil e já representam quase 2% das vendas totais de livros no país e, em poucos anos sua fatia de mercado crescerá para 5% a 10%.
Os “livros falados” são a gravação do conteúdo de um determinado volume em áudio. Ou seja, um narrador lê a obra em voz alta para que as pessoas, em vez de lerem os livros, os escutem.
Com o crescimento contínuo das vendas de audiolivros e eBooks, seria o fim dos livros impressos? Não necessariamente, o conteúdo em formato digital não tira espaço do livro impresso. Aqui, no Brasil, o audiolivro torna possível o acesso ao conhecimento para inúmeros jovens e adultos ainda não habituados a ler livros impressos e e-books. Nesse sentido, o formato tem um papel fundamental para incentivar e fortalecer a criação do hábito de leitura. Para quem já lê livros, o audiolivro oferece praticidade e conveniência: é possível ouvi-lo sendo narrado com fluidez e qualidade de som pelo celular durante a prática de atividade física, por exemplo.
Nas décadas de 80, 90 e 2000, já era possível encontrar audiolivros em fitas cassetes, e posteriormente, em CDs. Porém, com a disseminação de novas tecnologias da comunicação, como 4G, 5G e banda larga, as quais levaram ao aumento da velocidade de conexão à internet, os audiolivros podem ser escutados com muita facilidade em nossos smartphones e tablets via streaming, assim como por meio de aplicativos.
O número de plataformas que vendem audiolivros, seja por título ou via planos de assinatura que dão acesso a vários títulos, têm crescido rapidamente. Alguns exemplos de plataformas exclusivas são: Toca Livros, Ubook, 12Min, Auti Books, LivriVox, Audible e Storytel.
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Os audiolivros estão se modernizando, tanto na qualidade da narração, como na qualidade de gravação e edição. E após o crescimento recente dos livros digitais, agora é a vez dos deles crescerem bem nos próximos anos.
No que diz respeito às preferências do consumidor na hora de ouvir os audiolivros, pesquisa da Auti Books apontou que a maioria privilegia o celular, totalizando 72,4%, enquanto 26,3% optam pelo desktop (computador de mesa e laptop) e apenas 1,60% prefere o tablet. O estudo revelou também que a maioria dos usuários dessa tecnologia são do sexo feminino (56,7%) e que São Paulo é a cidade em que se concentra o maior número de pessoas que consomem os audiolivros, com 17,47%.
O audiolivro também tem um papel bastante importante de inclusão social. Ele é uma solução muito boa para pessoas com deficiência visual ou dislexia terem acesso ao conhecimento proporcionado pelos livros, que são uma ferramenta extraordinária de aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional. É um formato muito interessante e acessível para que todas as pessoas possam obter conhecimento e ampliar seu repertório cultural.
Eduardo Villela é Book Advisor e assessora pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004. Já lançou mais de 600 livros de variados temas
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