Novo álbum chega às plataformas digitais no dia 1º de abril
Com letras que falam sobre os tempos atuais, a cantora e compositora Thayana Barbosa traduz com poesia e delicadeza o desejo de transcender a dor e a indignação do que estamos passando em seu novo álbum “Toda Pele”. “É como se eu tocasse em todas as feridas, mas sempre procurando ou apontando uma saída, uma luz no fim do túnel”, completa Thayana.
O álbum, que é o segunda da carreira da artista, será lançado na próxima quinta (01/04) nas plataformas digitais.
Das 12 faixas, quatro já estão disponíveis nas plataformas digitais: “Vou Cantar”, definida pela artista como um grito poético coletivo; “Toda Pele”, que dá nome ao disco e é a música mais dançante, inspirada no suingue da música baiana contemporânea; sua versão da icônica “Carcará” de João do Vale e José Cândido, e “Salubá Nanã”, uma homenagem a Nanã, a mais velha das orixás, a avó das avós, uma ode à ancestralidade e a cultura afro-brasileira, tão presente na música e nos projetos da artista.
Ainda inéditas, duas músicas também revelam a alma do disco: a versão de Thayana para a canção “Coração Rasgado” de Carlos Careqa – que participa como cantor – na qual reflete sobre a aniquilação dos povos originários brasileiros, e “Vem Dançar Ciranda”, inspirada em três acontecimentos: O assassinato de Marielle, o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho e as mobilizações e passeatas de 2019, que culminaram numa primeira greve geral, “parecia ser um momento em que a nação acordaria”, fala Thayana.
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Mesmo sendo um álbum solo, Thayana faz questão de frisar que a força do álbum está na potência do coletivo. “Embora eu tenha escrito as canções, foi no processo coletivo de criação dos arranjos que as músicas tomaram corpo e ganharam a forma como se apresentam no CD”, aponta.
A produção musical é de Fred Teixeira, que junto com Thayana, convidou Simone Sou (Chico César, Itamar Assumpção) para compor a percussão. As músicas contam também com Glauco Solter no baixo, Luiz Otávio na guitarra, Du Gomide no violão, Valderval na bateria e Fernando Lobo na percussão. Todos os artistas participam dos coros coletivos.
Do clássico para o popular
A cantora e compositora integrou o naipe de percussão da Orquestra Clássica de Mato Grosso do Sul ainda adolescente. Ao mudar-se para Curitiba, mergulhou no universo da cultura popular, integrando o grupo Mundaréu por 15 anos. Nesse processo descobriu a caixa do divino, hoje seu principal instrumento, junto com a voz. Ao lado do Grupo Mundaréu, a cantora esteve no palco com nomes como Lia de Itamaracá, Mônica Salmaso, Renata Rosa e André Abujamra.
Em 2014, lançou “Mar de Dentro”, seu primeiro álbum autoral. Já em 2018, participou da produção coletiva do álbum UMA, do trio homônimo que a cantora integra, ao lado de Nani Barbosa e Janaina Fellini.
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