A exposição “Declaração de Princípios” reúne obras recentes e inéditas do artista paranaense Geraldo Leão
Entre os dias 8 de agosto e 10 de novembro, o Museu Oscar Niemeyer apresenta a mostra “Declaração de Princípios” que reúne obras recentes e inéditas do artista paranaense Geraldo Leão.
“Geraldo Leão é um dos nomes mais significativos da arte paranaense contemporânea e uma grande força de influência sobre a nova geração. Trazer seu trabalho para o MON é motivo de celebração”, diz Luciana Casagrande Pereira, superintendente de Cultura do Paraná.
A curadoria da exposição é de Agnaldo Farias e a coletânea conta com a participação de diversos artistas convidados, todos antigos alunos de Geraldo Leão. O artista explica que ele mesmo prepara o material utilizado em suas obras, uma mistura de resina acrílica e pigmentos. O processo teve início há 30 anos, numa busca por mais fluidez e rentabilidade, mas acabou resultando numa caligrafia própria.
“Trabalho com a tela na horizontal, para que o material vá se organizando de maneira não planejada”, explica Leão. Ele tenta sempre fugir da ideia de harmonia e estabilidade em suas obras, possibilitando muitos significados ao que produz. “Essa minha relação direta com os materiais permite que eles signifiquem algo além do que propriamente são, descobrindo intensidades inimagináveis como resultado”, diz.
A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, comenta que as obras de Geraldo Leão revelam a possibilidade de um mundo utópico em que não há imposição, em que nada é fixo e onde há sempre a possibilidade de mudança. “A singularidade e o respeito com que ele trata os materiais conseguem apresentar um resultado único e nem sempre premeditado. Faz com que seu trabalho vá muito além de matéria aplicada sobre uma superfície”, diz Juliana.
Ela comenta que, para o MON, a realização dessa importante exposição torna-se ainda maior pela generosidade do artista ao convidar alguns de seus antigos alunos para compartilharem do mesmo espaço. Andréia Santos, Bruno Oliveira, Lilian Gassen, Tony Camargo, Lívia Piantavini, Willian Santos e William Machado representam na mostra os diversos períodos de mais de 20 anos em que o artista também atua como professor.
“Como prova da importância que ele atribui ao seu trabalho como professor e do respeito por seus alunos, sugeriu-me a inclusão de uma antessala com trabalhos de alguns de seus antigos discípulos”, diz o curador da exposição, Agnaldo Farias.
Ele explica que suas pinturas trazem as marcas de sua produção. “Linhas, contornos das formas, por geométricas que sejam, são imperfeitas e desencontradas, traem um desejo de ordem que esbarra no tremor do gesto ou na matéria que não se deixa subjugar, que é ativa, deixando claro que há uma parte do processo que pertence a ela”, diz Farias.
O horário de funcionamento do museu é das 10h às 18h, de terça a domingo. A entrada custa R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Crianças com menos de 12 anos e idosos com mais de 60 anos não pagam ingresso. Nas quartas-feiras, a entrada é gratuita para todo o público. O endereço é Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações na página do Facebook, no perfil do Instagram e no site www.museuoscarniemeyer.org.br.