Renato Ranquine parte da linguagem dos mercados populares para realizar obras provocativas sobre a arte
Até 15 de fevereiro está em cartaz na SOMA Galeria a exposição “Vende-se Arte”, do artista Renato Ranquine, do Rio de Janeiro, que faz uso da linguagem visual do mercado popular para aproximá-la do mercado de arte.
A exposição é um trabalho provocativo, irônico e crítico, em que a frase “Compre arte” é vista em painéis de led, camisetas com estampas de baixa qualidade, adesivos, banners, entre outros suportes para imagens reprodutíveis.
Renato Ranquine utiliza há alguns anos a estratégia de divulgação de mercados populares para circular a frase “Compre arte”. Além do teor crítico e irônico, é um elemento para gerar uma reflexão no público, que é levado a pensar sobre as relações mais profundas dessa associação.
Muitas das obras são feitas com materiais de baixo custo, além de terem cores chamativas e um certo excesso visual. Não por ser um elogio à precariedade, mas sim para reproduzir a atmosfera de grandes centros de comércio popular, como a Rua 25 de Março, em São Paulo, ou o Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), no Rio de Janeiro.
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Apesar de contar com obras realizadas com materiais acessíveis, a exposição “Vende-se Arte” apresenta um rigor na construção das peças. Esse elemento leva o trabalho para além do mero trocadilho, mantendo-o em uma situação ambígua entre a crítica e o fascínio, tanto pelo mercado de arte, quanto pelas formas.
O horário de visitação é das 14h às 18h, de terça a sábado. A entrada é gratuita. A SOMA Galeria fica na Rua São Francisco, 179 (dentro do multiespaço SFco179) – Centro. Mais informações pelo e-mail somagaleria@gmail.com ou no Instagram.
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