Especialista dá dicas de como incentivar o amadurecimento e independência infantil de forma saudável
Nesta terça-feira, 24 de agosto, é comemorado o Dia da Infância. Instituída pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a data tem o propósito de promover uma reflexão sobre o cuidado com o progresso infantil e acesso de todas as crianças ao redor do mundo a direitos básicos de educação, nutrição, moradia e desenvolvimento social. Para aqueles que têm filhos ou convivem com crianças, a data pode ser uma oportunidade de ponderar sobre o processo de aprendizagem dos pequenos.
Especialista em educação infantil e gestão escolar, a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga propõe uma reflexão sobre a insegurança frente aos erros e o desenvolvimento da autonomia durante a infância. De acordo com a profissional, algumas atitudes de pais e responsáveis, como a superproteção, por exemplo pode, em algum momento, acabar atrapalhando a evolução da criança como pessoa.
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“Hoje é uma criança, amanhã será um adulto. Ele precisa dessa autonomia no dia a dia pra realizar as suas tarefas, para errar e acertar sua caminhada”, diz. “É essencial que os pais e responsáveis saibam lidar com as falhas da criança da melhor maneira, sem a condenar, para que ela não fique com medo de encarar novas experiências”, complementa a especialista.
Para os pais, esse processo de aprendizagem e de ganho de autonomia pode representar um verdadeiro desafio. Mas para que a criança cresça independente e capaz de resolver os problemas da vida, é preciso que os responsáveis proporcionem as condições adequadas para que o pequeno aprenda com os próprios erros. Encaixar um brinquedo, escolher a fruta do lanche, escovar os dentes e arrumar a barra da calça, por exemplo, são tarefas simples que devem ser incentivadas às crianças.
“Uma dica importante é ensiná-las desde cedo a ter responsabilidade sobre seus atos, para que sempre que façam algo errado, sejam responsáveis por assumi-los”, conta. Segundo a especialista, refletir com os pequenos sobre os erros cometidos no passado também é uma alternativa, pois ajuda a criança a visualizar as lições aprendidas na prática. “Cabe aos pais e responsáveis incentivar seus filhos a sempre melhorarem, para que tomem decisões corretas. Afinal, é errando que se aprende”, completa Ana Regina Caminha Braga.
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