A mostra apresenta filmes produzidos entre os anos de 2011 e 2019, que revelam a nova geração de cineastas egípcios
Atendendo aos pedidos do público, a 2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo ficará em cartaz por mais uma semana, até 30 de agosto. A mostra, a primeira totalmente on-line realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), começou em 29 de julho, exibiu gratuitamente 24 filmes, alguns deles com sessões inclusivas e realizou debates e workshops. Para assistir a programação, que é gratuita, basta acessar o site www.cinemaegipcio.com.
A 2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo apresenta filmes produzidos entre os anos de 2011 e 2019, que revelam a nova geração de cineastas egípcios em documentários e ficções de diversos gêneros – da comédia ao terror, selecionados pelo produtor e curador Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro.
Para comemorar o sucesso da mostra, os filmes ficarão disponíveis durante 24h, a partir das 17h do dia de sua exibição. Serão reprisados três títulos dirigidos por mulheres: o documentário Joana d’Arc Egípcia (2016), de Iman Kamel, que discute as experiências das mulheres egípcias após a revolução de janeiro de 2011; Saída para o sol (2012), estreia da diretora Hala Lotfy, mostra o cotidiano de duas mulheres que cuidam de um familiar doente, participou de diversos festivais, como os de Berlim e de Toronto, foi premiado no Festival de Abu Dhabi e no Festival de Cinema Africano de Milão; e Vila 69 (2013), de Ayten Amin, uma comédia dramática que ganhou os prêmio de Melhor Direção e Melhor Ator (Kal Naga) no Festival do Cairo de Cinema Egípcio.
Também terão novas exibições, em sessões inclusivas, Fotocópia (2017), de Tamer Ashry, um dos filmes mais elogiados pelo público da mostra, com audiodescrição, e O Portão de Partida (2014), de Karim Hanafy, uma experiência visual que quebra convenções, com legenda descritiva.
No fim de semana será possível assistir ao O elefante azul 1 (2014) e sua sequência O elefante azul 2 (2019), de Marwan Hamed, filme de terror que é o maior sucesso de bilheteria da história do cinema egípcio.
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A repescagem se completa com Mensagens do mar (2010), de Daoud Abdel Sayed, que recebeu os prêmios de Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Cinema Egípcio do Cairo; Decor (2014), sofisticado filme em preto & branco de Ahmad Abdalla, um belo tributo à era de ouro do cinema egípcio das décadas de 1940 e 1950; Fora do comum (2014), de Daoud Abdel Sayed, um dos nomes fundamentais do neo-realismo egípcio; e dois filmes que conquistaram diversos prêmios no Festival do Cairo de Cinema Egípcio e tratam de questões ligadas às tradições religiosas e sociais do país: Mawlana (2016), de Magdi Ahmed Ali, e Verde Seco (2016), de Mohammed Hammad.
Além da mostra de filmes, também foi disponibilizado ao público uma visita virtual 360º na exposição sobre o Egito Antigo no site www.ccbbvirtual.com.br.
Programação da 2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo
Todos os filmes são disponibilizados às 17h e ficam disponíveis por 24 horas
24 de agosto
“Entre dois mares”, de Anas Tolba (2019)
Uma família de uma área rural no Egito é dividida após um trágico acidente. A busca de uma mãe por redenção, vingança e esperança define os eventos dessa história dramática de uma sociedade esquecida.
Classificação indicativa: 14 anos
“Joana d’Arc Egípcia”, de Iman Kamel (2016)
Documentário. O diário perdido de uma garota beduína (Jeanne) inspira a jornada de um cineasta (Kamel). O documentário discute as experiências das mulheres egípcias após a revolução de janeiro de 2011 através de formas de arte desafiadoras. No diário, Jeanne escreve sobre querer se libertar do mundo dominado pelos homens e se tornar dançarina. Kamel decide encontrar Jeanne se conectando com outras sete artistas egípcias.
Classificação indicativa: 10 anos
25 de agosto
“O portão de partida”, de Karim Hanafy. (2014)
Sessão inclusiva com legenda descritiva
Uma meditação sobre tristeza, morte e aprisionamento psicológico que dispensa diálogo e narrativa para uma experiência visual que quebra as convenções.
Classificação indicativa: 10 anos
“Saída para o sol”, de Hala Lotfy (2012)
Vencedor de vários prêmios internacionais, incluindo o Melhor Filme Africano no Festival de Cinema Africano de Milão, em 2013, o filme conta a história cotidiana de duas mulheres que cuidam de seu familiar doente.
Classificação indicativa: 12 anos
26 de agosto
“Decor”, de Ahmad Abdalla (2014)
A vida da designer egípcia Maha dá uma guinada quando ela se vê como uma pessoa completamente diferente – uma dona de casa. O filme mostra a solidão enfrentada por alguns que sofrem de doenças mentais, bem como os desafios enfrentados por seus entes queridos. Em preto e branco, o longa é um belo tributo à era de ouro do cinema egípcio das décadas de 1940 e 1950. O cineasta Ahmad Abdalla mostra muitas invenções estéticas que o justificaram como o líder do novo cinema egípcio independente.
Classificação indicativa: 12 anos
“Fora do comum”, de Daoud Abdel Sayed (2014)
Um médico tira férias em Alexandria quando sua pesquisa sobre a existência de poderes psíquicos em humanos deixa um espaço em branco. Ele se instala em uma pousada à beira-mar, lar de um grupo excêntrico de personagens.
Classificação indicativa: 12 anos
27 de agosto
“Vila 69”, de Ayten Amin (2013)
Hussein é um arquiteto em estado terminal, mas encantador, que desfruta de uma rotina solitária em sua antiga casa de família e de uma variedade de visitantes femininas. Sem perceber que seu passado está prestes a alcançá-lo, a irmã de Hussein e seu neto se mudam para casa, interrompendo um estilo de vida bem estabelecido e forçando-o a reexaminar suas ideias sobre vida, amor e família.
Classificação indicativa: 12 anos
“Fotocópia”, de Tamer Ashry (2017)
Sessão inclusiva com audiodescrição
Mahmoud, um velho aposentado, é proprietário de um centro de datilografia e fotocópia no Cairo que está lentamente se tornando irrelevante devido ao crescente uso de computadores. Ele leva uma vida rotineira que gira em torno de seus negócios, sua pensão sempre atrasada, seus vizinhos e clientes. Mahmoud começa a aprender sobre a extinção de dinossauros, e com isso desencadeia uma série de eventos que darão um novo significado a sua vida.
Classificação indicativa: 10 anos
28 de agosto
“Mawlana”, de Magdi Ahmed Ali (2016)
Uma jornada aparentemente tradicional de um jovem sheikh em uma mesquita governamental que deixa de liderar orações para se tornar uma celebridade da TV emitindo “fatwas” aceitos por milhões de pessoas. Ele conquista uma legião de fãs por sua coragem e pelas tentativas de se desviar da retórica religiosa usual em uma sociedade fortemente influenciada pelo fundamentalismo.
Classificação indicativa: 10 anos
“Verde seco”, de Mohammed Hammad (2016)
Iman é uma jovem religiosa conservadora que se incomoda com a opinião dos outros sobre ela e que mantém uma posição rígida sobre a extinção das tradições sociais. Uma terrível descoberta, no entanto, irá fazê-la abandonar todas as tradições às quais um dia foi tão apegada.
Classificação indicativa: 14 anos
29 de agosto
“O elefante azul 1”, de Marwan Hamed (2014)
Após cinco anos afastado, o psiquiatra Dr. Yehia retorna ao seu trabalho apenas para encontrar seu amigo universitário, Sherif , que acabou de chegar para avaliação mental e psicológica por ser acusado de assassinato. Tentando ajudá-lo, Yehia desvenda mistérios que nunca pensou que existissem.
Classificação indicativa: 16 anos
“O elefante azul 2”, de Marwan Hamed (2019)
Um novo preso no hospital psiquiátrico vira a vida do Dr. Yehia de cabeça para baixo. Ele prenuncia que a morte de toda a sua família está a apenas três dias. Yehia então usa as pílulas de elefante azul na tentativa de controlar as coisas e resolver os quebra-cabeças que ele enfrenta. O longa se tornou o filme egípcio com maior bilheteria na história do cinema egípcio.
Classificação indicativa: 16 anos
30 de agosto
16h30 – Encerramento com vídeo dos melhores momentos
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