A exposição fica em cartaz até o dia 28 de julho
Já vista por 72 mil pessoas, a exposição “Ai Weiwei Raiz”, no Museu Oscar Niemeyer (MON) fica em cartaz até o dia 28 de julho. Essa é a maior mostra já realizada pelo artista e reúne mais de 60 obras.
Um dos principais nomes da cena contemporânea mundial, Ai Weiwei deixou seu país de origem em 2015 e se destaca no cenário internacional pelo interesse que demonstra por questões sociais e humanas, como a crise global de refugiados e a luta pela liberdade de expressão.
Alguns de seus trabalhos mais conhecidos são grandes instalações, como sua obra-prima Dropping a Han Dynasty Urn (Deixando cair uma urna da dinastia Han), que mostra o jovem artista derrubando intencionalmente uma urna cerimonial de cerca de 2 mil anos, da Dinastia Han, período da história da civilização chinesa. A ação subversiva e transformadora foi captada e transformada em três imagens que vêm sendo expostas em mostras por todo o mundo. No Brasil, a versão da obra pode ser vista em peças de Lego.
Outras obras históricas conhecidas mundialmente também estão expostas, como a Sunflower Seeds (Sementes de girassol), trabalho composto por milhões de “sementes de girassol” de porcelana pintadas à mão por artesãos chineses, levantando a questão da produção em massa e perda da individualidade, e Forever Bicycles (Bicicletas Forever), uma obra de caráter arquitetônico que utiliza bicicletas como blocos de construção, fazendo também alusão à multiplicação e repetição. O nome da instalação é inspirado na famosa marca chinesa de bicicletas, Forever, bastante comum durante a infância do artista, quando este era o principal meio de transporte na China.
Entre os destaques está também um conjunto de trabalhos em madeira, esculpidos à maneira dos ex-votos remontando a iconografia do artista, os quais foram feitos em colaboração com artesãos de Juazeiro do Norte (CE). Outra colaboração com artesãos locais são os moldes de quatro elementos tipicamente brasileiros, desenvolvidos por um ateliê de cerâmica em São Paulo, cujas iniciais dos nomes constroem a palavra FODA: Fruta do Conde, Ostra, Dendê e Abacaxi. Obras feitas com couro, o alfabeto armorial de Ariano Suassuna, além de uma instalação que inclui um molde em gesso do corpo do próprio artista também integram a mostra.
O horário do museu é das 10h às 18h, de terça a domingo. A entrada custa R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Crianças com menos de 12 anos e idosos com mais de 60 anos não pagam ingresso. Nas quartas-feiras, a entrada é gratuita para todo o público. O endereço é Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações no site www.museuoscarniemeyer.org.br.