Museu da Fotografia expõe imagens aéreas de Curitiba e de países totalitários

As exposições são de dois fotógrafos curitibanos

Foto de Guilherme Pupo presente na exposição Curitiba Aérea – Lírica Urbana

Até o dia 26 de maio, o Museu da Fotografia de Curitiba apresenta as exposições Curitiba Aérea – Lírica Urbana, de Guilherme Pupo, com imagens aéreas feitas com drone, e Parca Hegemonia, de Raul Frare, com fotografias feitas em três países que despertam o imaginário do ocidente: Coreia do Norte, Turcomenistão e Eritreia.

A exposição do fotógrafo Guilherme Pupo reúne 25 imagens de Curitiba, de ângulos inusitados e inéditos mesmo para quem conhece a cidade. “A fotografia aérea de Guilherme Pupo nos oferece um novo ângulo e uma perspectiva lúdica da cidade. Em seu Calçadão da Rua XV, as sombras roubam a cena, tornando-se protagonistas de uma ficção urbana em que contracenam com os sujeitos da foto num cenário ambíguo, onde as imagens parecem existir simultaneamente sob duas perspectivas diferentes”, comenta a curadora da exposição, Cristianne Rodrigues.

Guilherme Pupo é fotógrafo especializado em fotos áreas, empresariais e fotojornalismo e tem imagens publicadas nos maiores veículos de comunicação do país. Atualmente, tem se dedicado à produção de imagens aéreas com o uso de drones. No ano passado, recebeu o prêmio do Júri no concurso Street Awards, do Lens Culture, uma das maiores comunidades de fotografia no Instagram, e menção honrosa no Drone Awards 2018, premiação internacional que escolhe as melhores imagens feitas com drone pelo mundo.

A imagem premiada nos dois concursos mostra o Calçadão da Rua XV e fará parte da exposição no Museu da Fotografia. Além das fotos, os visitantes também vão poder assistir à projeção de vídeos feitos pelo fotógrafo também com o uso de drone em alguns pontos centrais da cidade.

Foto de Raul Frare presente na mostra Parca Hegemonia

Imagens de países totalitários
Na outra mostra, Parca Hegemonia, o visitante conferir fotos realizadas entre 2007 e 2015 por Raul Frare, que apresentam imagens de países que passam por regimes totalitários e que geralmente são mais conhecidos pelas narrativas que os ocidentais fazem deles do que por seus próprios discursos. “As ditaduras asiáticas e africanas têm fascinado o ocidente, entre a condenação de seus abusos de poder e o encantamento pelo seu exotismo”, comenta a curadora da mostra, Pollyana Quintella.

Parca Hegemonia procura não somente mostrar imagens que refletem a dureza do controle do estado, mas também o lado descontraído de seus habitantes. “Nas fotografias da Coreia do Norte, por exemplo, vemos não só retratos de disciplina e vigilância, mas tentativas de leveza e diversão, como em As crianças de vermelho e o Parque de diversões”, exemplifica a curadora, fazendo referência aos títulos de duas fotos da exposição. A exposição estreou em 2018 na SOMA Galeria.

Raul Frare nasceu em Curitiba,  onde vive e trabalha. Apaixonado por expedições e culturas exóticas, já esteve fotografando nos lugares mais remotos dos quatro cantos do mundo. Autor do blog Pra la de Bagdad, onde compartilha suas experiências de viagens pelo mundo.

A entrada é gratuita para as duas exposições. O horário de visitação é 9h às 12h e 14h às 18h, de terça a sexta, e das 12h às 18h, nos sábados e domingos. O Museu da Fotografia de Curitiba fica no Solar do Barão, localizado na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533 – Centro. Mais informações pelo telefone (41) 3321-3260.

 

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