O local, conhecido popularmente como Largo da Ordem, oferece museus, galerias de arte, espaços culturais e igrejas, além de bares e diversas opções gastronômicas
Conjunto das mais antigas edificações da cidade, delimitado por decreto municipal de 1971, o Centro Histórico de Curitiba, conhecido popularmente como Largo da Ordem, tem antigas construções, intrigantes ruas estreitas e calçadas de paralelepípedos e uma história que remota ao início da povoação da cidade durante o século XVII. No local foi oficialmente fundada a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais em 1693.
Hoje, a região reúne praças, largos, museus, galerias de arte, espaços culturais, igrejas e casarões muito bem preservados, além de bares e diversas opções gastronômicas. Além disso, os jovens antenados têm seus redutos nas ruas São Francisco e Trajano Reis. Com clima meio Brooklyn, meio Berlim, essas ruas têm um cenário inspirador, com grafites adornando os bonitos prédios históricos.
Confira cinco programas – muitos deles gratuitos – para aproveitar todo o charme do Centro Histórico de Curitiba.
Religiosidade
No setor histórico da cidade, há templos de diferentes religiões, que podem ser visitados em uma caminhada tranquila. Construída em 1737, a Igreja da Ordem é a mais antiga da capital e empresta seu nome a toda a região (Largo da Ordem). Depois de apreciar a bela construção de linhas simples, é possível visitar a Igreja Presbiteriana Independente (Rua do Rosário, 218), a Igreja do Rosário (Praça Garibaldi), a Catedral Basílica Menor (Praça Tiradentes), Igreja Luterana (Rua Trajano Reis, 199), a Mesquita Imam Ali Ibn Abi Talib (Rua Kellers, 383), Igreja São Vicente de Paulo (Rua Jaime Reis, 531) e o Templo Hare Krishna (Rua Duque de Caxias, 76). Todos os espaços religiosos têm entrada gratuita e visitas guiadas.
Reduto hipster
Os bares e casas noturnas nas duas ruas caíram nas graças dos hipsters, jovens antenados em cultura, cervejas artesanais e bicicletas. Na Trajano Reis, o vai-e-vem ocorre entre espaços como Senhor Garibaldi, Sirène, Bar Barateza, Alô Esquenta, Vila Bambu, Vitto e Brooklyn Coffee Shop. Na São Francisco, eles batem carteirinha no Jokers, 14 Bis Beer, Verdant e Bar do Fogo.
A “Sanfra”, como muitos millenials (jovens nascidos entre os anos 1980 e 2000) a chamam, também reúne locais mais tradicionais como o clássico Bar do Alemão e o restaurante Nonna Giovanna. De uma ponta a outra da São Francisco, marcos da paisagem urbana que mostram as várias faces de Curitiba: o Relógio das Flores, a Fonte da Memória (a escultura de cavalo), a Praça de Bolso do Ciclista e as Ruínas que levam o nome da via.
Feirinha de domingo
Em Paris, é dia de Mercado de Clignancourt. Em Londres, de Portobello Road. Em Curitiba, o programa obrigatório nas manhãs de domingo é a tradicional Feira do Largo da Ordem. Verdadeira instituição da capital e programa obrigatório para turistas, o espaço da Prefeitura reúne o impressionante número de 1,3 mil expositores.
São barraquinhas repletas de peças de artesanato em madeira, tecido, metais, cerâmica e muitos outros materiais, além de pinturas e antiguidades. Música e teatro de rua também garantem o magnetismo da “feirinha”, como é carinhosamente chamada, bem como opções gastronômicas. O local funciona das 9h às 14h.
Nas quintas-feiras, das 16h às 22h, a região recebe a charmosa Feira Gastronômica do São Francisco (próximo ao Relógio das Flores).
Tour gratuito por toda região
O belo Palacete Wolf, sede do Instituto Municipal de Turismo (IMT), é o ponto de partida do tour gratuito “Caminhada Turística”. Durante o passeio, o participante conhece mais sobre a história de cartões-postais do Centro Histórico de Curitiba, como o Palácio Garibaldi, o Relógio das Flores, o Solar do Rosário, o Memorial de Curitiba, várias igrejas (da Ordem e do Rosário, por exemplo), o gigantesco painel renovado de Poty Lazzarotto na Travessa Nestor de Castro, a Catedral, a Praça Tiradentes, o Paço Municipal e os imponentes prédios da UFPR e do Teatro Guaíra. O tour deve ser agendado pelo telefone (41) 3321-3275.
Cultura: quadra a quadra
Casa Romário Martins, Memorial de Curitiba, Solar do Rosário, Solar do Barão (Museu da Gravura e Gibiteca), Museu Paranaense e Capela Santa Maria. Estes são apenas alguns exemplos dos espaços culturais que se espalham – quadra a quadra – pelo Centro Histórico de Curitiba. Até 30 de setembro, um dos programas imperdíveis é a exposição “Tomie Ohtake em Curitiba – Vultos, Fissuras e Clareiras”, no Memorial de Curitiba. A mostra gratuita reúne 29 trabalhos da artista falecida em 2015, entre pinturas, gravuras (em serigrafia, litografia e metal) e esculturas tubulares de curvas reversas (finas partes de metal, que parecem pairar sobre o ambiente), verdadeira marca registrada de Tomie Ohtake.