Obras de “Radical” propõe um diálogo com o imaginário universal
Até o dia 15 de agosto, o Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe a exposição: “Radical”, primeira individual da artista Sonia Dias Souza. Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra tem caráter imersivo e reúne fotografias e instalações inéditas.
“O conjunto dos trabalhos propõe introspecção, mas, simultaneamente, diálogo com o imaginário universal, num dualismo instigante”, comenta a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
Segundo Juliana, a mostra vai de encontra a um dos propósitos do museu, que é o de sensibilizar as pessoas pela arte. “Ao oferecer experiências múltiplas, como a apresentação do interessante trabalho dessa artista, facilita ao espectador uma leitura mais plural sobre si mesmo e sobre o mundo”, comenta.
Um exemplo é a instalação “A semente que somos”, trabalho composto por cerca de três mil sementes de flores de lótus desidratadas, unidas por finos fios de arame e penduradas através de fios de pesca. As sementes foram escolhidas pela artista em razão do seu simbolismo, por estarem ligadas ao processo da vida e de sua superação.
“A beleza desta obra está em fazer refletir sobre a flor de lótus, que brota destas sementes apesar do ambiente adverso em que está enraizada, como a esperança que nasce do lodo”, observa a diretora-presidente do MON.
As muitas possibilidades de interpretação e a expansão de significados são marcas registradas da artista, que recusa a temporalidade e a possibilidade de perspectiva única em sua obra. Os trabalhos apresentados se desenvolvem em conexão, sobre a relação do homem consigo e com seu entorno, sobre sua finitude, sua existência subjetiva como parte da complexa estrutura que sustenta a vida. Todos foram concebidos como janelas pelas quais encontramos possíveis acessos de novos sentidos e alternativas para a solução dos conflitos, inquietudes e medos que nos afligem nessa experiência da vida contemporânea.
O título da exposição é inspirado pelo contraste entre a essência da natureza humana e as manifestações do Universo, ambas presentes na sutileza da produção de Sonia Dias Souza. “Radical” também traduz a noção de raiz como metáfora do engajamento de qualquer ser vivo com sua própria evolução, algo presente em sua busca.
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A artista acredita que o universo, em suas diferentes dimensões, do macro ao micro subatômico, se organiza e se autorregula como uma composição de energias que estão em movimento e fluxo constantes, acontecendo através de processos interdependentes de interação e comunicação, do qual nós, humanos, somos parte. “O mundo material que nos rodeia não é diferente. É uma rede de padrões inseparáveis de relações e a nossa evolução está na qualidade dessas relações”, diz Sonia.
O trabalho apresentado reúne expressões plásticas de uma visão subjetiva de nossa existência como fenômeno da complexa estrutura que sustenta o grande mistério da vida. “Esta não é uma simples exposição de obras de arte. Para sua individual no Museu Oscar Niemeyer, Sonia Dias Souza preparou um ambiente único, um espaço projetado para tocar num ponto essencial: nós e o mundo somos uma coisa só”, explica o curador Agnaldo Farias.
O Museu Oscar Niemeyer abre das 10h às 18h, de terça a domingo – mas o funcionamento está sujeito a decretos vigentes na cidade e pode ser fechado em casos de mudanças em restrições.
Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria ou no site www.museuoscarniemeyer.com.br, onde também estão explicados todos os protocolos de segurança seguidos no espaço, como limitação de público e uso obrigatório de máscaras por causa da pandemia da covid-19.
O museu está localizado na Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações no Facebook, no Instagram ou no museuoscarniemeyer.org.br/mon/monemcasa, onde também são disponibilizadas diversas atividades virtuais.
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