Intervenções artísticas e oficinas gratuitas fazem parte do projeto Mais Cor, Mais Vida
O ano de 2021 começou com uma ação transformadora no Colégio Estadual Professora Maria Balbina, no bairro do Tarumã, em Curitiba. Durante o mês de janeiro, a escola recebe a segunda edição do projeto Mais Cor, Mais Vida, que reúne artistas para fazer intervenções de graffiti e lambe-lambe em uma ação social de mudança da arquitetura paisagística das estruturas do colégio.
No dia 12 de março de 2017, um domingo, o colégio, que existe desde 1981, que tem mais de 500 alunos, foi alvo de um incêndio criminoso. O fogo destruiu todo prédio administrativo, local onde estavam toda a documentação escolar, materiais e recursos didático-pedagógicos e a biblioteca.
“Foi um ano de muita luta, até que o espaço fosse reconstruído. Porém não deixamos realizar nenhuma das programações definidas no calendário escolar”, lembra a professora de artes Maria Alice Fernandes Vieira.
Ela conta que logo após a ocorrência do incêndio, procurou a produtora Beth Capponi para propor uma ação social e cultural voltada à revitalização do espaço escolar. Como primeira iniciativa, foi realizada uma edição do Festival Cirandar e, agora, o Mais Cor, Mais Vida.
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O curador do projeto Estevan Reder explica que a ideia central da ação é levar diferentes técnicas artísticas para dentro do colégio. “Nosso objetivo é proporcionar aos alunos, professores e funcionários da escola um contato efetivo com a arte urbana. Acreditamos que com essas ações toda a comunidade envolvida crie um sentimento de pertencimento ao espaço público”, afirma.
O projeto ainda promoverá uma série de oficinas on-line nas áreas de fotografia, dança, arte brasileira, experimentação musical, desenho livre, graffiti e introdução ao audiovisual. As atividades são gratuitas e estarão disponíveis, em um primeiro momento, para alunos e professores do colégio e depois para o público em geral no site maiscormaisvida.com.
Segundo a idealizadora do Mais Cor, Mais Vida, a produtora cultural Beth Capponi, a oferta das oficinas pretende ampliar o repertório cultural das pessoas. “Queremos aprofundar o conhecimento nas áreas ofertadas e criar um debate enriquecedor em que o tema central seja a arte brasileira”, lembra Beth.
Artistas participantes
Para concretizar a transformação do espaço, foram convidados artistas com domínio de diferentes técnica, que ainda ministrarão as oficinas: Yvy Capponi – Ilustração, Douglas Reder – Desenho Livre; Marciel Conrado – Graffiti; Vantees – Fotografia e lambe-lambe e os convidados Fabrício Ribeiro e Jackson Vieira – Experimentação Musical, Lucas Delfino – Dança; Antônio Camargo – Introdução ao audiovisual e Ruy Neto – Arte Brasileira.
O projeto será realizado em três etapas: a pintura dos murais, oficinas on-line e a participação do convidado Santiago Rueda (Colômbia), doutor em Arte Contemporânea que ministrará uma conversa com a comunidade local de artistas, produtores e curadores no Museu Municipal de Arte de Curitiba (MuMA) em data ainda a ser confirmada.
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