Giro pelo Paraná: Um passeio por Londrina na década de 1930

“Viagem virtual” pela história da cidade pode ser feita  através de composições musicais e fotografias

No dia 10 de dezembro, Londrina completou 86 anos e foi presenteada com a exposição on-line multissensorial “Londrina Sonora”, cuja proposta é levar o público a uma viagem virtual através de composições musicais e fotografias da cidade no início de sua colonização, nos anos de 1930.
Por causa da pandemia, a exposição, que foi planejada para ocupar diversos espaços londrinenses, é realizada em formato inteiramente virtual, uma oportunidade para todos os paranaenses conhecerem mais a história de uma das mais importantes cidades do estado.
Aliando história, fotografia e composição musical em som binaural (som 3D), “Londrina Sonora” retrata o período que vai de 1930 até 1939 de maneira inédita. A equipe do projeto fez uma minuciosa pesquisa em busca de documentos que retratassem esse período.
“Tratamos exatamente dos anos 1930 porque a raridade de registros faz esse período, em que Londrina se tornou cidade, ainda pouco explorado. E julgamos de extrema importância resgatar isso, para contribuir com a formação de uma identidade histórica londrinense”, explica a compositora e violinista Erisla Pastore, coordenadora do projeto “Londrina Sonora”.

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Foram selecionadas 30 fotografias antológicas, de vários autores, como George Craig Smith, Hans Kopp, Carlos Stenders, José Juliani, Daniel Simitan, Theodor Preising e Margarida Kraemer, entre outros. Elas revelam o cotidiano das famílias pioneiras, as casas, a safra e o início da colonização.
O público pode fazer o passeio auditivo através das imagens históricas da cidade pelo site www.londrinasonora.com. A dica da coordenadora é que o público ouça os áudios até o fim para que o passeio pela exposição seja completo. A exposição on-line fica em cartaz até o dia 31 de maio de 2021.
No site, cada imagem é exibida junto com uma composição exclusiva, feita pelos músicos Erisla Pastore e Daniel Simitan, usando a técnica de reprodução de sons binaurais. “Utilizamos essa técnica, o famoso som 3D, para trazer novas perspectivas e nuances para essa história”, conta Erisla Pastore.
O som binaural é um processo de gravação no qual é simulada a espacialização sonora do espectador. “Para a captação do som, colocamos na cabeça de um manequim microfones posicionados próximos aos dois ouvidos – esquerdo e direito – para atingir o efeito de todo o som real que o espectador pode escutar.”
Quando se fala de Londrina, muitas pessoas que conhecem um pouco da história imaginam os colonizadores ingleses e o loteamento feito pela Companhia de Terras Norte do Paraná. A exposição também procura ressignificar a história contada a partir desse ponto de vista, trazendo novas perspectivas. “Será mesmo que o Norte do Paraná era vazio e sem forma e somente a partir desse ponto é que começamos a ‘existir’?”, indaga Calebe Viana, historiador que integra o projeto.
O projeto “Londrina Sonora” conta com o patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) e do Museu Histórico de Londrina.
 
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